Resenha: Ninguém segura a língua

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segunda-feira, 30 de junho de 2014
Publicado na edição nº 2, ano 1, de 2006, da Revista da Língua Portuguesa, o texto “Ninguém segura a língua”, do ex-reitor da Universidade Federal do Paraná, o linguista Carlos Alberto Faraco, reflete sobre a riqueza da língua no que diz respeito à sua diversidade cultural, geográfica, social.

Faraco é autor de obras como “Linguística Histórica: uma introdução ao estudo da história das línguas” (Parábola Editorial) e “Português: língua e cultura” (Base Editora). Profundo conhecedor do tema, ele está sempre produzindo artigos para periódicos, capítulos de livros e publicações próprias sobre a língua portuguesa.

Em “Ninguém segura a língua”, o próprio título chama a atenção para as reflexões e pontos apresentados pelo autor: de que a língua tem regras, números de sons e palavras  finitos, mas número infinito de enunciados; em outras palavras, Faraco afirma que “a língua faz uso infinito de meios finitos”, por isso, ninguém segura a língua, porque ela tem inúmeras possibilidades e não para de evoluir . Usa o intertítulo “peixe ensaboado” para reforçar que por mais que queiramos, a língua está em constante mudança e sempre acaba deslizando de modo que não é possível tratá-la como uma “camisa-de-força”.

Os apontamentos de Carlos Alberto Faraco são esclarecedores e nos ajudam a entender que a língua é como qualquer ser vivo, não para jamais. O desenvolvimento, o aparecimento de novas palavras, gírias e expressões são incorporadas a todo o momento à língua, fato este que comprova que devemos acompanhar o seu enriquecimento.  O cuidado que devemos ter, contudo, conforme alerta no texto, é para não ficarmos à vontade demais achando que porque a língua evolui, devemos abandonar a norma culta ou a língua padrão.

TEXTO COMPLETO, NINGUÉM SEGURA A LÍNGUA




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