Vicentinos: cuidado material e espiritual ao próximo

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sábado, 25 de outubro de 2014

A família Vicentina se espalhou por todo o mundo e hoje está presente em 148 países. O seu papel é evangelizar e cuidar com ações de caridade das famílias que mais precisam. Na Arquidiocese de Goiânia, 193 grupos levam adiante esse trabalho. Conheça.

Levar a Palavra de Deus às famílias e o “pão” às pessoas que mais precisam. Esse é o lema dos integrantes da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP), obra social que tem mais de 170 anos no mundo e está presente no estado de Goiás há 76.

Na Arquidiocese de Goiânia, a primeira conferência ou grupo foi fundada em 1938; hoje existem 193 conferências (grupos) e cinco conselhos centrais, sendo Vicente França Ferreira, de 49 anos, presidente do Conselho Metropolitano.

“Nosso trabalho é manter os membros praticando uma vida verdadeiramente cristã, por meio da oração e da meditação da Palavra de Deus e mantendo a fidelidade à Igreja, mediante exemplos e conselhos mútuos”, disse.

Além disso, é dever dos Vicentinos, segundo manda a regra universal da obra, desenvolver obras caritativas e visitar os pobres em seus domicílios levando-lhes socorros espirituais e materiais.

Para conhecer de perto o trabalho desenvolvido pelos vicentinos, a nossa reportagem visitou o Conselho Particular da Paróquia Bom Jesus, no Setor Jardim Novo Mundo, na capital, integrado por quatro conferências, sendo uma do Setor Bela Vista. “Hoje nós assistimos 100 famílias, já cadastradas, por meio de evangelização, cestas básicas e ajuda na construção de moradias, tudo feito com doações”, explicou a consócia Maria José.


Sr. João Batista Moreira Neves (camisa azul), é vicentino há mais de 30 anos
No alto dos seus 90 anos, o Sr. João Batista Moreira Neves, é vicentino há mais de 30 anos. Com o dom da carpintaria, ele dedica o seu tempo confeccionando cadeiras de madeira para doar às famílias. “Já distribuí mais de três mil cadeirinhas para as pessoas”, comenta. Ele também arrecada alimentos e enxovais para bebês, com a filha Rita de Cássia, que mantém uma ação colaboradora em prol da Sociedade São Vicente de Paulo.

Em uma breve visita, a nossa reportagem conheceu algumas pessoas que já foram beneficiadas com as ações dos vicentinos. Teresa Pereira dos Santos, de 78 anos, é uma delas. Há 15 anos ela ganhou uma pequena casa de quatro cômodos, construída pela SSVP. “Eu sempre sonhei com o meu cantinho e não tinha condições financeiras; os vicentinos apareceram em minha vida, fizeram esse trabalho e saí do aluguel”, conta com um sorriso no rosto.

Vicentinos no mundo

Em 45 mil grupos intitulados de Conferências, cerca de 720 mil membros, conhecidos como confrades (homens) e consócias (mulheres), os vicentinos estão espalhados em 148 países. A obra social começou com o jovem francês Frederico Ozanam e ajuda, há mais de 170 anos, milhões de pessoas no mundo inteiro. O santo, Vicente de Paulo, que viveu no século XVII, é o patrono da obra, sempre lembrado pela inspiração do amor a Deus e aos pobres e pela criação de diversas ações de caridade.

O maior número de vicentinos do mundo está no Brasil; aqui a instituição nasceu em 1872, com a Conferência São José, no Rio de Janeiro. O país conta com cerca de 250 mil voluntários, organizados em 20 mil Conferências e 33 Conselhos Metropolitanos. Além de homens e mulheres, as Conferências Vicentinas são formadas também por crianças e adolescentes. Os grupos se reúnem semanalmente para debater e sugerir maneiras de atender as famílias carentes, que são cadastradas após sindicância socioeconômica.



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