Vocação Sacerdotal: é o próprio Cristo que chama

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sábado, 2 de agosto de 2014


Ser padre é responder ao chamado sem hesitar, como fizeram os apóstolos Tiago e João. Jesus os chamou e eles largaram tudo e o seguiram (Dom Antônio Ribeiro)

Desde 1981 a Igreja dedica o mês de agosto às vocações e, a cada semana, há uma vocação diferente. Mas por que dar tamanha importância ao tema? Você pode se perguntar. Justamente porque é onde tudo começa na vida de uma pessoa. De acordo com o dicionário Aurélio, vocação significa ato ou efeito de chamar, tendência ou inclinação para um estado ou profissão.

Nesse contexto, o ministério sacerdotal é uma vocação, mais do que isso, é um sacramento a serviço da comunhão. O Catecismo da Igreja Católica destaca que aos ordenados cabe a salvação pessoal e da comunidade, através dos serviços aos outros. Para isso, “conferem uma missão particular na Igreja, e servem a edificação do povo de Deus”. Em sentido mais específico, a vocação sacerdotal é um chamamento endereçado à pessoa, a partir do próprio Cristo.

Ainda segundo o Catecismo, a Ordem é um sacramento especial porque aquele que o recebe tem uma missão a desenvolver, confiada por Cristo aos apóstolos, por isso, é chamado de sacramento do ministério apostólico e compreende três graus: o episcopado (bispos); o presbiterado (padres) e o diaconato (diáconos).

No alto dos seus 88 anos de idade, o arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antônio Ribeiro, afirma não ser totalmente feliz por causa de suas limitações que o impedem de se doar ainda mais à bondade infinita de Deus através do sacerdócio. Para ele, essa vocação significa um chamado para o amor, para se doar totalmente à comunidade e ao povo. “Quando acabamos de atender um doente, uma confissão, quando orientamos uma pessoa para Deus e terminamos de celebrar uma eucaristia, comunicamos ao povo o amor de Deus”. Dom Antônio é sacerdote há 65 anos e bispo há 53.

A caminhada vocacional requer desprendimento, desafios, decisões e fé. Padre Vitor Simão dos Santos Freitas, 27 anos, foi um dos últimos sacerdotes ordenados na Arquidiocese de Goiânia até o momento. Ingressou no seminário aos 18 anos. Foi ordenado com 26 anos e assumiu a paróquia de São João Batista, com 18 comunidades, em Aparecida de Goiânia, antes mesmo de se ordenar. Sobre os trabalhos pastorais e a vida sacerdotal, diz que são desafiadores, mas gratificantes. “A paróquia é jovem, situada numa região exigente, com bastante vigor e grandes perspectivas; a vida do padre é um tanto quanto agitada pelos muitos afazeres, mas suave e repleta de sentido”.

Já o padre João Norberto Pinto, religioso da Congregação dos Salesianos de Dom Bosco, tem 30 anos de sacerdócio. Mineiro, ele já trabalhou em várias regiões do país e hoje se encontra em Goiânia, onde atua como pároco da paróquia São João Bosco, no Setor Oeste. Na sua visão, o vocacionado ao sacerdócio precisa fazer uma observação importante para desenvolver de maneira eficaz o seu ministério. “O vocacionado ideal é aquele que descobre em si o desejo de ser um cristão a serviço de Jesus no serviço aos irmãos”. Àqueles que desejam ser padres, ele deixa uma mensagem: “Não basta querer ser padre e como padre não basta produzir frutos, é necessário produzir frutos bons. Acredite, ser padre é uma vocação que agrada a Deus e se agrada Ele, agrada a nós também que somos suas criaturas”.

O chamado à vocação sacerdotal para o seminarista Pedro Mendonça Fleury, de 27 anos, aconteceu de forma inesperada. Ele era um jovem comum, sempre frequentou a Igreja, mas nas palavras dele, “assumir a vocação foi bastante difícil”, isso porque os seus planos eram outros. Quando estava no primeiro ano da faculdade de direito, sentiu o chamado de Deus para ser padre. Ele chegou a rejeitar, tinha medo, colocou a ideia de lado, mas três anos depois a questão retornou. “Fiz o discernimento durante um ano e meio e entrei no Seminário Santa Cruz logo após terminar o curso de direito na Universidade Federal de Goiás, em janeiro de 2010”.

Números

A Arquidiocese de Goiânia possui 113 paróquias e um total de 661 comunidades. Cada paróquia é composta normalmente por vários centros comunitários, capelas e a comunidade matriz. A Igreja precisa, portanto, de pessoas disponíveis para atenderem à população arquidiocesana, que conta com 27 municípios e quase 2,5 milhões de habitantes. “Precisamos de um número maior de paróquias, quer para oferecer um cuidado pastoral mais qualificado e mais próximo dos fiéis, quer para levar a missão adiante”, apela o bispo auxiliar, Dom Waldemar Passini Dalbello.

Presbitério Arquidiocesano

Num universo de 210 padres, 44% pertencem ao presbitério da Arquidiocese de Goiânia e 56% a congregações religiosas que atuam na Arquidiocese. Os padres com menos de cinco anos de ordenação somam 19%. Do total, 35% têm menos de 40 anos de idade, acima de 60 anos, por sua vez, os diocesanos somam 57% e os religiosos 43%. Os padres missionários do Brasil e vindos de outros países correspondem a 21%.

Pastoral Vocacional

Coordenação: Pe. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo
Encontro Desperta, sempre no quarto domingo do mês, na paróquia Universitária São João Evangelista, das 14h às 16h30. Tel.: 3203-1347. Site: www.vocacionalgoiania.com.br Facebook: vocacionalgoiania.



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