A missão da Igreja e consequentemente dos discípulos e missionários se faz presente e necessária na realidade em que vivemos. O Documento de Aparecida (DAp) é enfático sobre esse ponto e destaca que, como discípulos de Jesus Cristo, “sentimo-nos desafiados a discernir os sinais dos tempos à luz do Espírito Santo (nº33)”, tendo como base uma visão plural da complexa realidade social.
Para responder à vocação missionária da Igreja, o Setor Juventude da Arquidiocese de Goiânia irá realizar nos próximos dias 13 a 19 de outubro, a Missão nas Escolas, que acontece dentro da Semana Missionária celebrada em todo o Brasil. O evento tem o objetivo de atingir alunos do ensino fundamental e médio da rede pública e particular, com idade entre 15 e 22 anos.

Neste momento acontecem as inscrições dos jovens que desejam participar da Missão, pela página do Setor Juventude na internet (www.facebook.com/juventudegyn). Nos dias 6, 13, 20 e 27 de setembro, das 14h às 16h30, na Paróquia Universitária São João Evangelista, acontecem as formações dos jovens que vão atuar na Missão nas Escolas.

Segundo o coordenador do Setor Juventude, diácono Max Costa, o objetivo do evento é tornar os jovens protagonistas na missão de evangelizar, com a responsabilidade de levar e testemunhar valores para os jovens nas escolas. “Queremos levar a mensagem cristã através de valores como a felicidade, o respeito, a amizade e a solidariedade”. A missão, de acordo com o diácono, é fruto de observações e embasamento teórico. “O Documento de Aparecida nos exorta que hoje ‘concebem a educação preponderantemente em função da produção, da competitividade e do mercado (DAp nº 328)’. De maneira geral nossos adolescentes e jovens não estão sendo formados para levar uma vida sóbria”.
Até o fechamento desta matéria, sete escolas já tinham aderido ao projeto. Ao longo da semana missionária, haverá jogos da juventude, a missão, cenáculo vocacional e catequese para os jovens ministrada pelo bispo auxiliar Dom Waldemar Passini Dalbello, com o tema “chamados à vida: aborto e eutanásia”.

“Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16, 15-16)”

Para o arcebispo de Goiânia, Dom Washington Cruz, essa é a resposta que os jovens são impelidos a dar. “As escolas devem ser espaço de missão, a primeira grande importância da Missão nas Escolas situa-se na dimensão da evangelização e devemos responder ao mandamento de Jesus a todos os lugares geográficos e todos os ambientes sociais”.

Dom Washington ainda aponta as escolas como “autênticos campos de missão” e  afirma que o fundamento da Missão está bem presente logo na abertura da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium (nº 1) em que o papa Francisco ensina que “a alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Quantos se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo, renasce sem cessar a alegria”.

Setembro, mês da Bíblia

É tradição a Igreja no Brasil lembrar setembro como o “Mês da Bíblia”. A escolha foi feita pelos bispos em razão da Festa de São Jerônimo, no dia 30, santo que viveu nos anos de 340 e 420. Ele foi secretário do papa Dâmaso e encarregado de revisar a tradução latina da Palavra de Deus. Sobre a primeira versão da Bíblia, o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cardeal Dom Raymundo Damasceno Assis, escreveu. “Essa versão latina feita por São Jerônimo recebeu o nome de Vulgata, que, em latim, significa popular,  e o seu trabalho é referência nas traduções da Bíblia até os nossos dias”.

O Mês da Bíblia foi criado para tocar todos os cristãos e seu significado vai muito além de apenas lembrar que a Sagrada Escritura tem um lugar no calendário. Com essa celebração, a Igreja faz uma convocação para conhecermos mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la, e praticar a Leitura Orante, conforme o Jornal Encontro Semanal traz com a proposta de leitura meditada e rezada do bispo auxiliar Dom Waldemar Passini Dalbello.

O Documento de Aparecida exorta que para ser cristão e missionário, necessariamente, precisamos ler a Palavra de Deus. “Desconhecer a Escritura é desconhecer Jesus Cristo e renunciar a anunciá-lo. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo  é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus. É preciso fundamentar nosso compromisso missionário e toda a nossa vida cristã na rocha da Palavra de Deus” (DAp 247).


Hão de ser parte ativa e criativa na elaboração e execução de projetos pastorais a favor da comunidade. Isso exige, da parte dos pastores, maior abertura de mentalidade para que entendam e acolham o ‘ser’ e o ‘fazer’ do leigo na Igreja (Documento de Aparecida, nº 112)

A vocação dos leigos é certamente uma das mais belas e desafiadoras. É também aquela que a Igreja precisa para levar adiante a missão salvífica de Jesus Cristo. Em Exortação Apostólica pós-sinodal aos “Fiéis Leigos”, o então papa João Paulo II apontou as direções sobre a vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo. O texto destaca a participação ativa dos leigos “na liturgia, no anúncio da Palavra de Deus e na catequese”.

O documento aponta que as tarefas confiadas aos leigos são múltiplas de modo que quando assumem a sua missão, há o florescimento de grupos, associações e movimentos de espiritualidade e de empenhos laicais; a participação cada vez maior e significativa das mulheres na vida da Igreja e o progresso da sociedade.

Durante a visita à Coreia do Sul, que se deu de 15 a 18 de agosto, o papa Francisco se encontrou com líderes do apostolado laical e reiterou a importância dos leigos colocarem os seus dons à disposição da missão da Igreja. “Em virtude do Batismo recebido, os fiéis leigos são protagonistas na obra de evangelização e promoção humana”.

No Regional Centro-Oeste (Goiás e Distrito Federal) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o bispo referencial para os leigos é Dom Carmelo Scampa, da diocese de São Luís de Montes Belos (GO). Entrevistado pelo Encontro Semanal, ele explicou que as pessoas fazem interpretação errada do termo leigo. “O leigo não é aquele que não entende de nada, que está ‘por fora’ como costumam associar; a Igreja interpreta leigos, desde o Concílio Vaticano II, como Povo de Deus, no sentido de pertença; dessa forma, o leigo é membro do corpo da Igreja, protagonista na missão de servir”, afirmou.

A Igreja no Brasil tem aprofundado a sua visão sobre o papel do leigo. No fim de junho foi publicado o Texto de Estudos nº 107 da CNBB, “Cristãos leigos e leigas na Igreja e na Sociedade”, tema prioritário da 52ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil que aconteceu em maio deste ano. O texto traz uma visão crítica das escrituras sagradas e estudos teológicos sobre a Igreja. Traz, também, indicações de ações concretas a ser desenvolvidas pelo leigo, como agente de transformação e animação nas pastorais, nos serviços e na sociedade. O material tem contribuições das bases da Igreja, inclusive dos leigos.

Arquidiocese de Goiânia

O trabalho desenvolvimento pelos leigos estão nas mais diversas frentes, sejam em pastorais e movimentos, ou associações, comunidades e obras sociais. Francisco Plácido Borges Júnior, 50 anos, é advogado e membro do Movimento Político pela Unidade, dos Focolares, cujo objetivo é suscitar uma corrente de prática política pela construção do bem comum. “O movimento tem dado uma inestimável contribuição para o amadurecimento da vida política; levamos a mensagem de que a luta não é pela conquista do poder a fim de servir-se dele, mas um serviço à população”, explicou. Na capital o grupo se reúne com políticos na Assembleia Legislativa e em outros quatro locais.

A aliança fé e vida move a leiga Ana Amélia de Oliveira, 70 anos, membro da Pastoral da Criança. Ela declara seu amor incondicional ao trabalho que desempenha porque acredita nos benefícios que a pastoral desenvolve nas comunidades e no seio familiar, de modo especial junto aos mais carentes.
“Nós estamos presentes nas comunidades e acompanhamos gestantes e crianças de 0 a 6 anos de idade; formamos voluntários e realizamos ações básicas de saúde, nutrição, educação e cidadania”. Encontros mensais, chamados de Celebrações da Vida, são realizados pela Pastoral da Criança nas comunidades onde acontecem recreações, pesagem de crianças, rodas de conversas, momentos de espiritualidade. Aproximadamente 1.160 a 1.420 crianças são acompanhadas e pesadas por 183 voluntários em 30 paróquias na Arquidiocese, mensalmente.

Catequista há três anos e há dois coordenadora na Paróquia Nossa Senhora da Assunção do bairro Itatiaia I, em Goiânia, Luciana Gonçalves de Souza Damázio, 39 anos, comenta a importância da missão que recebeu das mãos de Deus. “Ser catequista é ser leigo e a catequese é uma prioridade para a Igreja porque forma os futuros cristãos e membros da sociedade, por isso somos responsáveis por levar as crianças, jovens e adultos a trilharem os caminhos do bem”.

Leigos

De grego laikós e do latim laicus. Na Idade Média era empregada a palavra laos que significa “multidão”. A partir do Concílio Vaticano II a Igreja pretendeu superar essa compreensão e a distância entre o povo e o clero, mencionando, na Constituição Dogmática Lumen Gentium, que leigos são o povo de Deus: “todos os cristãos, exceto os membros de Ordem sacra e do estado religioso aprovado na Igreja”.



Os religiosos têm na sua vida consagrada um meio privilegiado de evangelização eficaz. Pelo mais profundo de seu ser, eles situam-se de fato no dinamismo da Igreja. (Papa Paulo VI)

Seis religiosos entre homens e mulheres, de diferentes carismas e idades, responderam seu sim a Deus através da vocação consagrada. Eles vieram de diferentes lugares, situações de vida e trabalham para que o Reino de Deus se cumpra a cada dia na pessoa do irmão. Em meio a tantas diferenças, o seu lema é servir ao próximo, eis a vocação em comum de todos eles.

Com apenas 26 anos de idade, irmã Simone Rodrigues tem apenas quatro, de vida consagrada. Ela mora em Trindade (GO) e faz parte da Congregação Pia União das Irmãs da Copiosa Redenção cujo carisma é a adoração ao Santíssimo Sacramento e a recuperação de dependentes químicos. “Eu amava tudo o que realizava, porém sentia a necessidade de estar mais disponível para Deus. E foi vendo a disponibilidade e a alegria das Irmãs que me entreguei à vida religiosa”, resume.

A Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo tem como carisma a doação a Deus, em comunidade, para o serviço dos pobres. De modo concreto isso quer dizer trabalhar em creches, com crianças de rua, em asilos, escolas, albergues, em hospitais, com hansenianos, com pessoas de necessidades especiais. Irmã Márcia Simões da Rocha respondeu a esse chamado há 35 anos.

Professora por formação, desde criança sonhou em ser religiosa, mesmo sem saber direito o que isso significava. “Sonhava em sair pelos lugares mais difíceis ensinando as pessoas a ler e escrever”. Hoje é diretora administrativa da Vila São Cottolengo, hospital filantrópico de Trindade que presta atendimento a 360 pacientes com deficiências múltiplas.

Irmão Diego Joaquim Pereira de Sousa respondeu à vocação religiosa por meio de um dom que cultiva desde criança: a desenvoltura para falar pelos meios de comunicação. Com 32 anos e cinco de vida religiosa, ele é missionário redentorista, congregação que consiste em continuar Jesus, o Santíssimo Redentor, anunciando o amor e a misericórdia de Deus pela pregação e pelo testemunho de vida. O jovem é formado em jornalismo e história. Às pessoas que perguntam “mas por que não se tornou padre”?, a resposta é objetiva: “Percebi que poderia servir melhor a minha Igreja, com meus dons, consagrando a minha vida em outros serviços, que não o serviço presbiteral”, diz. Na vida religiosa, o atrai viver em comunidade com os irmãos, ser um leigo da Igreja como todos na sociedade, porém, dedicando toda a sua vida a Deus.

A vocação religiosa pouco tem atraído os jovens na América. Dados da Agência Fides para a Missão apontam que em 2012 houve neste continente diminuição de 261 religiosos. As religiosas diminuíram 7.436 em todo o mundo. Elas diminuíram na Oceania (-239) e na Europa (-8.461). Houve incremento na África (+1.395) e na Ásia (+3.047). Para a Irmã Maria José Monteira de Oliveira, da Congregação das Irmãs de São José de Rochester, esses números são consequências dos desafios que se apresentam às jovens que querem ser religiosas. “O individualismo e o consumismo predominam, as famílias não tiram mais tempo para rezar e se dedicar à Igreja e, ser padre, religioso ou freira, fica para os filhos dos outros”. Maria José é religiosa há 17 anos. Exerce a profissão de advogada e é pós-graduada em direitos humanos. Por onze anos atuou na Pastoral Carcerária.

Davi Nardi, 45 anos, que tem diversas formações, entre elas o bacharelado em direito, também quis dedicar sua vida à consagração religiosa pela Congregação dos Irmãos Maristas, que herdaram de São Marcelino Champagnat a missão de educar a juventude com os princípios cristãos. Desenvolve seus trabalhos há 18 anos em Silvânia (GO) onde é gestor do aprendizado Marista Padre Lancísio, animador de comunidade religiosa, além de participar ativamente das pastorais nas paróquias. “O melhor da vida religiosa é poder experimentar, diariamente, o amor de Deus e sua fidelidade com aqueles que ele chama a servi-lo”. Questionado sobre as motivações que o levaram a ser religioso, ele foi incisivo. “De uma coisa tenho certeza nesta vida: vale à pena ser simplesmente irmão”.

De fato, a simplicidade, o seguimento a Jesus Cristo com a presença e o serviço aos irmãos é o dom especial da vocação religiosa consagrada. Não precisa muito, basta a disponibilidade para que o religioso seja um sinal de Deus na terra. Irmã Nadir Laudelina Marcelino acredita que ser religiosa é seguir radicalmente Jesus, no serviço, na fraternidade, no amor gratuito ao Senhor e aos irmãos. Com 68 anos de idade e mais da metade de sua vida, 37 anos, dedicados à vida religiosa, ela optou pelo carisma das Irmãs Franciscanas da Ação Pastoral que é viver em obediência a serviço da Igreja, atitude de oração e conversão, sendo instrumento de paz e bem. “Aos jovens que pensam em ser religiosos, acreditem, não foi você quem escolheu, mas Deus quem te chamou; a resposta é sua”.

Números

O Brasil conta com 322 instituições femininas de vida consagrada. Ao todo são 418 congregações que somam 31.933 religiosas. As instituições masculinas são 96, que contam com 1.844 padres e 1.874 irmãos, totalizando 3.718. O Brasil, portanto, tem 35.651 religiosos e religiosas. Em Goiás são 178 comunidades religiosas e 636 irmãs; 67 comunidades de padres e irmãos que somam 237 religiosos. Juntos os religiosos e religiosas em Goiás totalizam 873.
(Fonte: CRB Goiânia)

Ano da Vida Religiosa Consagrada

O papa Francisco convocou para 2015 o Ano da Vida Consagrada. As iniciativas serão organizadas em três âmbitos: através da Congregação para os Institutos da Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica; da União dos Superiores Gerais; e no âmbito mais restrito das realidades locais, de acordo com cada congregação religiosa. O primeiro evento já tem data marcada: 29 de novembro de 2014, para a vigília de oração que precederá a abertura oficial no dia seguinte, 30 de novembro, primeiro domingo do Advento. A conclusão está prevista para o dia 2 de fevereiro de 2016, por ocasião do Dia da Vida Consagrada.


Na última semana abrimos o mês de agosto, dedicado às vocações, com a vocação sacerdotal. Continuamos, agora, aprofundando o tema e apresentamos a vocação familiar que, conforme a frase de São João Paulo II, em exortação pontifícia, merece total atenção da Igreja.

Pelos caminhos da Igreja passa a família; naturalmente, também, a organização da sociedade. Como alicerce desta, a família tem em seu horizonte a união, quando prevalece a moral e os bons costumes. Os reflexos do seio familiar, portanto, sejam eles positivos ou negativos desencadeiam um efeito dominó no mundo que cabe a cada um fazer do matrimônio “a alegria do sim para sempre”, conforme o contexto do encontro do papa Francisco com os noivos em fevereiro deste ano, na Praça São Pedro, no Vaticano.

O Catecismo da Igreja Católica descreve que a família é a imagem de Deus. Daí carregar a marca da Trindade e o modelo do amor de Cristo por sua Igreja, na qual os esposos são convocados a uma “íntima comunhão de vida e de amor conjugal que o Criador fundou e dotou com suas leis. O próprio Deus é o autor do matrimônio”.

Na segunda semana de agosto a Igreja celebra a Vocação Familiar. Pode-se dizer, sem sombra de dúvida que é uma das mais belas vocações da humanidade. Por essa importância é que a Igreja desde sempre se preocupou com a evangelização da família. No Brasil, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aprovou em 2004 o Diretório da Pastoral Familiar, documento que orienta e dinamiza as ações dessa pastoral.

Esse documento assinala, entre tantas outras coisas, a finalidade do matrimônio firmada em dois pontos principais: o amor conjugal e a integração das personalidades do marido e da mulher; a procriação dos filhos, a paternidade e a maternidade responsáveis e os métodos naturais de planejamento familiar.

Na Arquidiocese de Goiânia, pastorais e movimentos trabalham em conjunto para a formação e evangelização das famílias. Atividades que o arcebispo, Dom Washington Cruz chama de “autênticos serviços da Igreja junto às famílias, atuando cada qual, segundo sua espiritualidade e orientação próprias”. A Pastoral Familiar, por exemplo, teve início na Arquidiocese na década de1990; está implantada em 35 paróquias e em fase de implantação em mais 12, além de desenvolver trabalhos no Centro da Família Coração de Jesus, em Goiânia.

O casal coordenador da Pastoral, na Arquidiocese, Liandro Rodrigues e Maurinete Aparecida, comentam como são desenvolvidas as atividades. “Visitamos as paróquias e formamos agentes com o objetivo central de evangelizar, tendo sempre como referência as orientações do Santo João Paulo II”.
Os noivos Rafael Gomes, 23 anos e Damaris Val Casio Rezende, 24 anos, pretendem se casar no próximo mês de setembro. Conheceram a Pastoral Familiar no itinerário da catequese matrimonial, na paróquia Santa Maria, em Goiânia. Desde então têm continuado os encontros de formação. “Estar na Pastoral tem nos proporcionado a melhor convivência a dois, a oração, o diálogo, a sexualidade cristã e o caminhar juntos com a Igreja. Está sendo uma ótima experiência, pois ainda somos novos e temos muito a aprender com os agentes da Pastoral Familiar”, relata Damaris.

Estão também na Arquidiocese as Equipes de Nossa Senhora (ENS), movimento internacional presente em 86 países. Criado em 1938, pelo padre francês Henri Caffarel, a proposta das Equipes é ajudar os casais a descobrir as riquezas do sacramento do matrimônio e viver a espiritualidade conjugal. “Através do seu exemplo, os casais das Equipes querem ser testemunho do casamento cristão na Igreja e no mundo”, explica o casal responsável Luiz Antônio e Vera Lúcia.
Atuam na mesma linha da família, na Arquidiocese, o Encontro de Casais com Cristo (ECC), presente em diversas paróquias.

Centro da Família

Coordenado pelas Irmãs do Instituto Coração de Jesus, o Centro da Família que leva o mesmo nome está localizado na Rua 55, no centro da capital. Começou suas atividades em 2009 em três frentes: formação, espiritualidade e atividades permanentes. O Centro é responsável pelo setor de formação e espiritualidade da família, na Arquidiocese de Goiânia.

Irmã Eunice Pereira de Carvalho, coordenadora do Centro, explica que o objetivo da entidade é favorecer a santificação e fortificar o fundamento espiritual da família a fim de que ela se torne uma Igreja doméstica. “Nossa missão é fortalecer a família em sua caminhada inalienável de educadora, prestando ajuda na formação de famílias cristãs, ajudando em suas necessidades morais e materiais”. Cerca de 200 famílias são atendidas.

Mais informações podem ser obtidas através do telefone (62) 3087-7702.

Semana da Família 2014

Com o tema “Espiritualidade Cristã na Família: um casamento que dá certo”, o diácono Joviano Carneiro Filho, assistente eclesiástico da Pastoral da Familiar na Arquidiocese, explica a proposta do tema na Igreja particular de Goiânia. “A celebração desta semana quer conclamar todas as famílias para uma profunda reflexão sobre a vocação matrimonial e procurar colocar em prática mais concretamente a Palavra de Deus, vivendo, acima de tudo, o amor”.

Saiba mais

Em 1994 o lema da Campanha da Fraternidade foi “A Família, como vai?” cuja proposta foi redescobrir os valores da família: Lugar de encontro, espaço de vivência humana, ponto de partida de um mundo mais humano e de acordo com o Plano de Deus. Ao mesmo tempo, a Campanha da Fraternidade se propôs a colaborar na criação de condições sociais e políticas objetivas para que a família realizasse sua missão.




Ser padre é responder ao chamado sem hesitar, como fizeram os apóstolos Tiago e João. Jesus os chamou e eles largaram tudo e o seguiram (Dom Antônio Ribeiro)

Desde 1981 a Igreja dedica o mês de agosto às vocações e, a cada semana, há uma vocação diferente. Mas por que dar tamanha importância ao tema? Você pode se perguntar. Justamente porque é onde tudo começa na vida de uma pessoa. De acordo com o dicionário Aurélio, vocação significa ato ou efeito de chamar, tendência ou inclinação para um estado ou profissão.

Nesse contexto, o ministério sacerdotal é uma vocação, mais do que isso, é um sacramento a serviço da comunhão. O Catecismo da Igreja Católica destaca que aos ordenados cabe a salvação pessoal e da comunidade, através dos serviços aos outros. Para isso, “conferem uma missão particular na Igreja, e servem a edificação do povo de Deus”. Em sentido mais específico, a vocação sacerdotal é um chamamento endereçado à pessoa, a partir do próprio Cristo.

Ainda segundo o Catecismo, a Ordem é um sacramento especial porque aquele que o recebe tem uma missão a desenvolver, confiada por Cristo aos apóstolos, por isso, é chamado de sacramento do ministério apostólico e compreende três graus: o episcopado (bispos); o presbiterado (padres) e o diaconato (diáconos).

No alto dos seus 88 anos de idade, o arcebispo emérito de Goiânia, Dom Antônio Ribeiro, afirma não ser totalmente feliz por causa de suas limitações que o impedem de se doar ainda mais à bondade infinita de Deus através do sacerdócio. Para ele, essa vocação significa um chamado para o amor, para se doar totalmente à comunidade e ao povo. “Quando acabamos de atender um doente, uma confissão, quando orientamos uma pessoa para Deus e terminamos de celebrar uma eucaristia, comunicamos ao povo o amor de Deus”. Dom Antônio é sacerdote há 65 anos e bispo há 53.

A caminhada vocacional requer desprendimento, desafios, decisões e fé. Padre Vitor Simão dos Santos Freitas, 27 anos, foi um dos últimos sacerdotes ordenados na Arquidiocese de Goiânia até o momento. Ingressou no seminário aos 18 anos. Foi ordenado com 26 anos e assumiu a paróquia de São João Batista, com 18 comunidades, em Aparecida de Goiânia, antes mesmo de se ordenar. Sobre os trabalhos pastorais e a vida sacerdotal, diz que são desafiadores, mas gratificantes. “A paróquia é jovem, situada numa região exigente, com bastante vigor e grandes perspectivas; a vida do padre é um tanto quanto agitada pelos muitos afazeres, mas suave e repleta de sentido”.

Já o padre João Norberto Pinto, religioso da Congregação dos Salesianos de Dom Bosco, tem 30 anos de sacerdócio. Mineiro, ele já trabalhou em várias regiões do país e hoje se encontra em Goiânia, onde atua como pároco da paróquia São João Bosco, no Setor Oeste. Na sua visão, o vocacionado ao sacerdócio precisa fazer uma observação importante para desenvolver de maneira eficaz o seu ministério. “O vocacionado ideal é aquele que descobre em si o desejo de ser um cristão a serviço de Jesus no serviço aos irmãos”. Àqueles que desejam ser padres, ele deixa uma mensagem: “Não basta querer ser padre e como padre não basta produzir frutos, é necessário produzir frutos bons. Acredite, ser padre é uma vocação que agrada a Deus e se agrada Ele, agrada a nós também que somos suas criaturas”.

O chamado à vocação sacerdotal para o seminarista Pedro Mendonça Fleury, de 27 anos, aconteceu de forma inesperada. Ele era um jovem comum, sempre frequentou a Igreja, mas nas palavras dele, “assumir a vocação foi bastante difícil”, isso porque os seus planos eram outros. Quando estava no primeiro ano da faculdade de direito, sentiu o chamado de Deus para ser padre. Ele chegou a rejeitar, tinha medo, colocou a ideia de lado, mas três anos depois a questão retornou. “Fiz o discernimento durante um ano e meio e entrei no Seminário Santa Cruz logo após terminar o curso de direito na Universidade Federal de Goiás, em janeiro de 2010”.

Números

A Arquidiocese de Goiânia possui 113 paróquias e um total de 661 comunidades. Cada paróquia é composta normalmente por vários centros comunitários, capelas e a comunidade matriz. A Igreja precisa, portanto, de pessoas disponíveis para atenderem à população arquidiocesana, que conta com 27 municípios e quase 2,5 milhões de habitantes. “Precisamos de um número maior de paróquias, quer para oferecer um cuidado pastoral mais qualificado e mais próximo dos fiéis, quer para levar a missão adiante”, apela o bispo auxiliar, Dom Waldemar Passini Dalbello.

Presbitério Arquidiocesano

Num universo de 210 padres, 44% pertencem ao presbitério da Arquidiocese de Goiânia e 56% a congregações religiosas que atuam na Arquidiocese. Os padres com menos de cinco anos de ordenação somam 19%. Do total, 35% têm menos de 40 anos de idade, acima de 60 anos, por sua vez, os diocesanos somam 57% e os religiosos 43%. Os padres missionários do Brasil e vindos de outros países correspondem a 21%.

Pastoral Vocacional

Coordenação: Pe. Luiz Henrique Brandão de Figueiredo
Encontro Desperta, sempre no quarto domingo do mês, na paróquia Universitária São João Evangelista, das 14h às 16h30. Tel.: 3203-1347. Site: www.vocacionalgoiania.com.br Facebook: vocacionalgoiania.