Mau gerenciamento de crise: “Ninguém é obrigado a ficar na TIM”, afirma presidente da Operadora

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sábado, 21 de julho de 2012

Se há uma frase que uma empresa jamais pode afirmar para gerenciar uma crise, ela é esta: “A pessoa só fica na TIM porque ela quer. Ninguém é obrigado a ficar na TIM". Foi o que disse o presidente da TIM Fiber, Rogério Takayanagi, que falou em nome da TIM Brasil. O executivo disse ontem que a TIM não é a pior operadora do País e não compreendeu os critérios da Anatel para chegar a essa conclusão. Ele classificou como "drástica" a decisão da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) de suspender as vendas de novas linhas da empresa em 18 Estados e no Distrito Federal a partir de segunda-feira.

Para o executivo, a competição entre as operadoras força a regulação do mercado. "A TIM, neste momento, é a única operadora que não tem nem fidelização, subsídio ou contrato para a pessoa ficar (na operadora), justificou o executivo.

Takayanagi mostrou-se firme em suas palavras e não hesitou em testar os clientes da TIM no Brasil. Segundo ele, a operadora investe R$ 3 bilhões por ano para melhorar a qualidade do serviço, principalmente para segurar o cliente. "O cliente pode ir para outra operadora na hora que ele quiser." O executivo reconheceu que há falhas na cobertura da TIM e atribuiu os problemas, principalmente, ao crescimento rápido do serviço. "Uma rede de celular em um País que cresce como o Brasil é normal que funcione hoje, mas aí, quando constroem um prédio do lado da sua casa ou um shopping novo, o volume de tráfego é maior. Obviamente, a rede para de funcionar e o nosso trabalho é colocar uma nova antena perto da sua casa", disse.

A TIM entrou ontem com um mandado de segurança contra a decisão da Anatel para tentar evitar a suspensão das vendas. Segundo Takayanagi, a "esperança" da empresa é obter uma decisão favorável na Justiça antes de segunda-feira. Mas, se não for possível, a TIM respeitará a decisão do órgão. "O mandado de segurança não é uma afronta à agência. É uma tentativa de defender a operação", disse.

O superintendente de Serviços Privados da Anatel, Bruno Ramos, disse ontem que o encontro com a diretoria da TIM na quinta-feira foi "tenso". "Eles acham que não deveriam ser punidos", afirmou.

Conclusão: a crise na TIM poderia ser resolvida apenas com a defesa da empresa contra a decisão da Anatel. Não havia necessidade de incluir o cliente no momento em que a operadora está por baixo. Ao invés, ele deveria apenas ter atribuído os problemas ao crescimento dos serviços e do país sem jogar a decisão de permanecer ou deixar a operadora nas mãos do cliente. Tal decisão é óbvia é não merece ser levada em público. Seria mais conveniente ter partido para afirmações que garantissem a resolução do problema e não testar o corte dos próprios pulsos.

 Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.


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