Crítica ao filme Sem Saída

/
quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Ação, suspense e uma pitada de romance. Está aí a receita do filme Sem Saída, dirigido por John Singleton (Ritmo de um sonho, 2006) estrelado por Taylor Lautner (Nathan); Lily Collins (Karen) e Alfred Molina (Frank Burton) e um elenco que já protagonizou grandes filmes.

O roteiro se desenvolve em torno da vida de Nathan, um jovem que parece levar uma vida normal com seus pais. Curte os amigos, paquera, toma umas e outras, é estudante e tem dificuldade de controlar ataques de fúria. Mas sem que procure, um fato estranho lhe acontece: ao fazer um trabalho escolar com a vizinha, paixão e colega Karen, descobre através de um site na internet que não é filho biológico de Kevin (Jason Isaacs) e Mara (Maria Bello). Ali poderia ter se rolado uma cena romântica com a vizinha, mas o inesperado acontece: a casa de Nathan é invadida e agora sua vida e a de Karen corre perigo.

Os perseguidores são a CIA e um agente russo que deseja algo que está com o pai biológico de Nathan. A partir daí muita ação e suspense darão sequência ao longa. Mas o que se pode destacar dessas cenas é que Taylor Lautner, que deslanchou sua carreira como Jacob na Saga Crepúsculo, principalmente pela beleza e vitalidade física, não consegue levar nas costas, sozinho, o filme de ação, como o quis o diretor Singleton. Lautner, no alto de seus 19 anos quando fez Sem Saída, não consegue marcar presença nas cenas de ação, com exceção de uma no trem. Somente a beleza e o físico do protagonista não são suficientes para segurar o espectador na história. Ficou parecendo que o longa quis se aproveitar do sucesso de Lautner em Crepúsculo para tentar promovê-lo aos filmes de ação.

Dos atores coadjuvantes, pouco é explorado, apesar de o diretor ter escolhido um elenco de renome, mas em baixa na atualidade no que diz respeito a grandes papéis. O melhor do filme sem dúvida é o suspense que se dá com a fuga de Nathan que leva consigo Karen. Não se sabe até qual momento ele conseguirá se sair dos perseguidores, que por sinal ele passa boa parte do longa sem saber quem são os vilões: CIA ou os russos?

O espectador tem trabalho de entender a história até descobrir o que os perseguidores querem dele. Ação haverá do início ao fim, outro ponto da alto do filme. Mas é preciso dizer que Sem Saída deixa a desejar na atuação de todos os atores, principalmente de Lautner. Trata-se de um filme de ação sem o sal que a história merece porque se exige pouco de grandes atores e destaca-se um jovem em início de carreira a um papel que ele ainda não consegue desenvolver. Talvez em pouco tempo o queridinho de Crepúsculo consiga fazer uma atuação que contente mais do que fãs adolescentes e realmente protagonize com talento filmes de ação como aqueles produzidos na década de 1980 por atores com a cara de mal. Que o diga Sylvester Stallone e Arnold Schwarzenegger. Ele conseguirá?



Os comentários serão administrados pelo autor do blog. Conteúdos ofensivos ou afirmações sem provas contra terceiros serão excluídos desta página.

Comentários