Crítica ao filme O curioso caso de Benjamin Button

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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Para um drama-romance prender o espectador por 167 minutos ele tem que ser no mínimo muito bom: ter um roteiro bem estruturado, fotografia beirando ao excelente, atuações de tirar o fôlego, um toque de humor e a dose certa de emoção. O curioso caso de Benjamin Button (2009), dirigido por David Fincher (Millenium – Os homens que não amavam as mulheres – 2012 e A Rede Social – 2010), adaptado do livro de Francis Scott Key Fitzgerald (1896 – 1940) cujo título original é The curious case of Benjamin Button, tem um pouco de cada ingrediente.

O filme que se passa em Nova Orleans, EUA, em 1918, conta a história de uma criança que nasceu com aparência e doenças de um idoso de 80 anos de idade que, ao invés de crescer e envelhecer, até determinado momento cresce e rejuvenesce. Pela aparência assustadora a criança é abandonada pelo pai que pensou se tratar de um monstro. A mãe morre no trabalho de parto e a criança, coincidentemente ou não, é deixada na porta de um lar de idosos. Queenie (Taraji P. Henson) o encontra e cuida dele. Daí em diante, o longa gira em torno da aparência, desafios, emoções e superações na vida de Benjamin (Brad Pitt).

Posso dizer tranquilamente que o filme consegue prender o espectador à tela por quase três horas, porque a produção fez uma conexão certeira entre literatura e cinema. Cada fase da vida de Benjamin é tratada de tal maneira que passam despercebidos os outros personagens do drama. Exceto quando falamos de Daisy (Cate Blanchett) paixão e companheira que mudaria a vida de Benjamin para sempre.

O roteiro do longa é outro questão que merece ser deslumbrado aqui. O trabalho da dupla Eric Roth e Robin Swicord sem dúvida foi essencial para que a história ganhasse corpo sob a atuação dos personagens centrais. Objetividade, naturalidade nas ações, foco em etapas importantes da vida de Benjamin, maquiagem perfeita e uma preocupação fora do comum com o psicológico de Benjamin estão entre os pontos de maior destaque do filme.

Mesmo sendo um filme longo, Benjamin Button consegue surpreender porque atinge o objetivo proposto na obra de Fitzgerald : emocionar o público com uma história original que parte da vida de um ser humano que, mesmo incomum, poderia ser qualquer pessoa. São justos, portanto, as indicações e prêmios ganhos: Melhor filme – Drama; melhor ator (Brad Pitt); melhor trilha original (Alexandre Desplat); melhor roteiro (Eric Roth); melhor diretor (David Fincher). Ah! Só para deixar curiosos aqueles que ainda não assistiram, o final é simplesmente espetacular. Sei que é um clichê dizer isso, mas quando assistir você entenderá a minha colocação.




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