Terrorismo ganha nova abordagem em Hollywood após o 11 de Setembro de 2001

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domingo, 11 de setembro de 2011
Depois do 11 de setembro de 2001 muita coisa mudou no mundo. Nem mesmo a indústria cinematográfica de Hollywood é a mesma após o atentado que matou quase três mil pessoas nos Estados Unidos com a queda das Torres Gêmeas do World Trade Center.

Houve um aumento considerável na produção de filmes sobre guerra e atentados terroristas, porém, sua abordagem transformou-se completamente. Na década de 1970, os filmes com a temática terrorismo chegaram a 39 produções. Após 2001, esse número passou para 79 filmes.

Antes de 2001, Hollywood produzia filmes como Nova York Sitiada (The Siege-1998); Inimigo do Estado (Enemy of the Estate-1998) e O Suspeito da Rua Arlington (Arlington Road-1999); ambos se passam em solo americano e o terrorismo mostra êxito nas suas ações, mesmo que seja apenas de propósito para os EUA mostrarem sua força bélica e capacidade para contornar a situação sem grandes conseqüências negativas para a sua população e o Estado.

Após queda das Torres, praticamente todos os filmes abordam um terrorismo que até tenta, mas não consegue projetar ataques que deem certo na terra do Tio Sam. Os terroristas árabes são tratados como um bando de incompetentes. Parece haver um grande medo dos americanos em produzir filmes que narrem façanhas como aquela do 11 de setembro de 2001.

Os filmes de extras terrestres, no entanto, continuam a ser produzidos. Uma questão interessante se coloca aqui: os americanos continuam a produzir filmes sobre invasão de ETs e destruição do seu país porque não temem que isso venha a acontecer. Já sobre a vertente terrorista os filmes mudaram a abordagem porque isso ocorreu e deixou marcas sem precedentes para a nação. E as ameaças continuam.

Dois filmes deveriam estrear após os atentados do World Trade Center: Danos Colaterais (2001) com Arnold Schwarzenegger, no qual o protagonista vê mulher e a filha morrer num ataque terrorista a um arranha-céu no centro de Los Angeles e Big Trouble (2001), comédia em que Tim Allen, Rene Russo e Stanley Tucci, têm suas vidas transformadas depois de encontrar uma bomba dentro de uma mala que vai parar no cockpit de um avião comercial. Foram suspensos por tempo indeterminado na época. Deveriam ir às telonas no mês de outubro e novembro, mas só vieram a estrear no início de 2002. É a partir desse fato os Estados Unidos demonstram que não há por que produzir filmes que relembrem o dia em que o terror conseguiu penetrar no seu coração.

Pós 11 de setembro de 2001

Filmes como As Torres Gêmeas (2005) e Voo United 93 (2006) mostram o que houve naquele dia. O primeiro, um drama que conta a história de dois sobreviventes da tragédia. O segundo, por sua vez, narra o desespero dos passageiros do quarto avião seqüestrado, o único a não conseguir acertar o alvo pretendido, mas que cai próximo a Pensilvânia sem nenhum sobrevivente. São dois longas que dão início à nova era dos filmes sobre terrorismo nos Estados Unidos.

Depois desses filmes que narram a triste história do 11 de setembro, Hollywood não produziu mais nenhum longa que aborde êxito em ataques terroristas praticados por fundamentalistas islâmicos.

Em 2008, o vencedor do Oscar Guerra ao Terror aborda a mesma temática, mas essa já outra história. Longe de solo americano, o filme se passa no Iraque e lá eles são tratados como ameaça.


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