Após mais de três meses de duração, a crise que caiu sobre o Governo do estado do Rio de Janeiro devido às reivindicações de aumento salarial e melhores condições de trabalho da categoria de soldados do Corpo de Bombeiros do estado, não deverá ter um fim próximo. Isso porque o Governo estadual se recusa a dialogar com a categoria.

Para fazer uma análise desta crise, começo dizendo o que o Governo não deveria ter feito até agora na administração da comunicação de crise: não deveria ter dito que os “bombeiros foram vândalos e irresponsáveis” após a invasão do quartel central da corporação, que “não há negociação com bombeiros”, que “não há motivo para a manifestação, uma vez que, ao contrário do que alegaram os insurgentes, o salário dos bombeiros não é o pior do Brasil. ‘Mesmo que fosse, não justificaria a entrada no quartel de maneira irresponsável, intolerável e abominável”’. (do Último Segundo, 4 de junho de 2011)

O Governo do Rio de Janeiro enfiou os pés pelas mãos e não usou nenhum dos mandamentos básicos para a gestão da comunicação de crise. Não houve cautela para observar a dimensão e o enfoque das várias respostas dadas ainda quando a situação poderia ter sido controlada, o que veio a agravar o momento com as repostas impensadas dadas pelo Governo diretamente para a categoria, ecoando pela imprensa nacional e internacional.

Ao invés de gerenciar a crise, tomar o controle da situação antes da imprensa e tratar o caso com transparência, o Governo do Rio de Janeiro partiu para a retaliação. O resultado está na imprensa: uma imagem muito arranhada por matérias negativas que mostram o despreparo das ferramentas e estratégias usadas pelo Governo do estado para resolver a crise. O governador, Sérgio Cabral, chegou a rir numa coletiva de imprensa, ao afirmar que qualquer informação sobre a situação seria dada pelo coronel Sérgio Simões, comandante-geral da corporação, nomeado pelo governador na manhã do dia 4 de junho. O episódio mostra o desdenho do governador com relação à situação.

O que deveria ter sido feito desde o início

Sob os aspectos da gestão de crises, o Governo do Rio de Janeiro deveria ter assumido o controle da situação. De que forma? Após várias convocações da corporação para um diálogo, o Governo do estado sequer respondeu, ou seja, como foi dito acima, houve desdenho de sua parte. No início da situação poderia ter havido controle. “Em entrevista no dia 12 de maio, o governador Sérgio Cabral não se mostrou preocupado com as reivindicações dos bombeiros. Segundo Cabral, o movimento não afetaria o Estado e teria sido incitado e até mesmo financiado por políticos de oposição”. (do portal R7, dia 3 de junho de 2011).

A partir do controle da situação com diálogo com a corporação e colocando propostas na mesa, a assessoria de comunicação do Governo do Rio de Janeiro deveria ter tomado a iniciativa de convocar a imprensa para dizer o que estava acontecendo, atitude que mostraria transparência e condução da situação. Como ainda era uma situação de pequenas proporções, deveria ter indicado um porta-voz que passasse credibilidade à imprensa e à população, uma pessoa com postura, autoridade, empatia, com facilidade para lidar com a imprensa.

Era indispensável também, além de controlar a situação e observar o estágio das pautas da imprensa, organizar um comitê de crise com mais pessoas aptas, preparadas e treinadas para lidar com a situação (gestão de risco), para a possível crise que viria adiante. Antes de estourar as primeiras manifestações era possível ter passado outra imagem da situação para a imprensa.

Outro passo importante seria ter sido proativa, contando tudo e depressa. A resposta mais convincente no início da situação seria ter dito que as partes estavam em diálogo e já neste momento, apresentar dados concretos da negociação através do porta-voz e do comitê de crise, iniciativa que limitaria a cobertura do evento pela imprensa já que tudo seria dado de uma vez, através de mensagens-chave, comunicando as más e boas notícias, não deixando de propiciar momentos de resposta ao Corpo de Bombeiros. Se tudo isso tivesse sido feito pelo Governo do estado do Rio de Janeiro, a situação seria outra, já que ele estaria avaliando e monitorando a situação e sempre se comunicando com o público.
Como pinos de boliche, os ministros da presidente Dilma Rousseff vão caindo um a um em apenas nove meses de governo. Dos cinco exonerados, apenas Nelson Jobim (Defesa), que saiu em 5 de agosto, foi por insubordinação, os outros foram pela praga da corrupção: Wagner Rossi (Agricultura) saiu em 17 de agosto, por acusações de corrupção no ministério e seu envolvimento em alegadas irregularidades, Alfredo Nascimento (Transportes), em 6 de julho, após pressões pelas denúncias de corrupção e queda de altos funcionários, e o primeiro, aquele que voltou mas não ficou: Antonio Palocci (Casa Civil), que caiu no dia 7 de junho, sob fortes suspeitas de tráfico de influência em favor da sua empresa de consultoria e enriquecimento ilícito. Com tudo isso, Dilma dá exemplo de como não administrar uma crise que começa a arrancar no Governo Federal.

O que se quer saber é até quando essa série de quedas vai continuar. O fato já mexe fortemente com a opinião pública, os veículos de comunicação divulgam a todo o instante e a sequência dos fatos pode agravar e comprometer a sua gestão que mal começou, literalmente. O problema maior nessa história e o fato curioso é que todos, exceto Jobim, caíram com a marca da corrupção nas costas.

Não se trata aqui de colocar a culpa na presidente, longe disso, mas de lembrar que Dilma herda do presidente Lula uma crise que dormia e era questão de tempo até estourar o que vemos nas manchetes da imprensa nacional. Mais uma vez fica comprovada a ineficiência e inoperância do sistema de indicação de ministros no governo brasileiro. Não há democracia nesse falido sistema. Governo sem ministros e secretários não funciona. E se não funciona, o meu voto direto para colocar um corrupto indireto, não valeu nada.

O fato que rui hoje o Governo Dilma pode transformar-se num abalo de grandes proporções e num momento delicado para o país: crise financeira mundial, véspera de uma Copa do Mundo de Futebol e de Olimpíadas, eventos que merecem atenção total, hoje, amplamente prejudicados pelo desvio de foco causado pela crise. Diante desse cenário, cabe a Dilma administrar a situação pela raiz. Já é passada a hora de analisar a base do seu governo um a um, ministério a ministério e conduzir a situação antes da imprensa. Ela deve urgentemente saber com quem está lhe dando e que prejuízos poderá haver amanhã. Está em jogo hoje o futuro do governo e a capacidade da presidente de mediar a situação. A imprensa pressiona, a exposição já é grande, e em mais alguns dias os reflexos na produtividade do governo serão vistos.

Aguardemos mais um tempo. As pesquisas de opinião já estão sendo produzidas. Depois de vários pinos no chão, a oposição deverá ter feito alguns pontos no jogo das futuras eleições de 2014. Se continuar assim, poderemos assistir dia após dia um governo sendo mutilado pelos seus próprios aliados e por si mesmo. A última queda, de Pedro Novais (PMDB-MA), indicado de José Sarney, e a rápida sucessão pelo deputado federal Gastão Vieira (PMDB-MA), mostra que a condução da incipiente crise está longe de ter um fim. A troca de Novais por Vieira denuncia mais um erro de condução de crise. Assistamos, pois, as próximas partidas desse jogo de poder, pois toda crise tem um início, meio e fim.


A partir desta quarta-feira, 14, começa a funcionar as “smart lists” (listas inteligentes) no Facebook. O anúncio foi feito ontem. O objetivo é categorizar e priorizar conteúdos das pessoas mais próximas do maior site de relacionamentos sociais do mundo.

A iniciativa é uma resposta do Facebook ao Google+ que se mexe para conquistar usuários através de compartilhamento de informações em “círculos”, ou seja, com base nos grupos sociais do mundo como colegas de trabalho, amigos e família.

O diretor de produtos do Facebook, Blake Ross, explicou o que serão as smart lists e quando teve início o trabalho. "Isso é algo no qual temos trabalhado nos últimos quatro anos", explicou. "Acho que é desse jeito que as pessoas vão fazer as listas daqui para frente", acrescentou.

Foi em 2007 que o Facebook começou a permitir que os membros individualmente organizassem seus amigos em listas que seriam alvo dos comentários e compartilhamentos de informações, fotos, vídeos e outros fragmentos da vida.

Com a nova ferramenta, os usuários do site de relacionamentos criado por Mark Elliot Zuckerberg não terão o trabalho de criar listas colocando os amigos em grupos, com as primeiras quatro categorias sendo trabalho, escola, família e cidade.

"É idiotice alguém gastar a tarde de sábado categorizando seus amigos no Facebook", observou Ross. "Nós queremos fazer com que seja o mais fácil possível organizar seus amigos".
As listas são criadas e atualizadas com base nas informações que as pessoas concordam em dividir com amigos no Facebook, segundo o diretor.

"As listas tiram toda a dor de organizar amigos no Facebook", afirma Ross, notando que a facilidade é opcional. "Você sempre poderá adicionar ou remover pessoas das listas depois de o Facebook fazer uma recomendação".

As "smart lists" filtram os amigos com base em detalhes como idade ou colégios para criar listas de colegas de classe, por exemplo. Já a categoria "cidade" irá categorizar pelas regiões, desde amigos que moram perto até outros que residem em outras cidades.

O Facebook permitirá ainda a cada usuário criar uma lista de pessoas "mais próximas", disse Ross. As notícias desses amigos terão prioridade na timeline; as pessoas também poderão ver as notícias em listas separadas.

"Acho que meus amigos me amam, mas não acho que eles vão querer saber toda vez que meu bebê dá um passo", brincou Ross "Isso permitirá que as pessoas dividam pedaços de suas vidas com audiências diferentes", completou o diretor.

Depois do 11 de setembro de 2001 muita coisa mudou no mundo. Nem mesmo a indústria cinematográfica de Hollywood é a mesma após o atentado que matou quase três mil pessoas nos Estados Unidos com a queda das Torres Gêmeas do World Trade Center.

Houve um aumento considerável na produção de filmes sobre guerra e atentados terroristas, porém, sua abordagem transformou-se completamente. Na década de 1970, os filmes com a temática terrorismo chegaram a 39 produções. Após 2001, esse número passou para 79 filmes.

Antes de 2001, Hollywood produzia filmes como Nova York Sitiada (The Siege-1998); Inimigo do Estado (Enemy of the Estate-1998) e O Suspeito da Rua Arlington (Arlington Road-1999); ambos se passam em solo americano e o terrorismo mostra êxito nas suas ações, mesmo que seja apenas de propósito para os EUA mostrarem sua força bélica e capacidade para contornar a situação sem grandes conseqüências negativas para a sua população e o Estado.

Após queda das Torres, praticamente todos os filmes abordam um terrorismo que até tenta, mas não consegue projetar ataques que deem certo na terra do Tio Sam. Os terroristas árabes são tratados como um bando de incompetentes. Parece haver um grande medo dos americanos em produzir filmes que narrem façanhas como aquela do 11 de setembro de 2001.

Os filmes de extras terrestres, no entanto, continuam a ser produzidos. Uma questão interessante se coloca aqui: os americanos continuam a produzir filmes sobre invasão de ETs e destruição do seu país porque não temem que isso venha a acontecer. Já sobre a vertente terrorista os filmes mudaram a abordagem porque isso ocorreu e deixou marcas sem precedentes para a nação. E as ameaças continuam.

Dois filmes deveriam estrear após os atentados do World Trade Center: Danos Colaterais (2001) com Arnold Schwarzenegger, no qual o protagonista vê mulher e a filha morrer num ataque terrorista a um arranha-céu no centro de Los Angeles e Big Trouble (2001), comédia em que Tim Allen, Rene Russo e Stanley Tucci, têm suas vidas transformadas depois de encontrar uma bomba dentro de uma mala que vai parar no cockpit de um avião comercial. Foram suspensos por tempo indeterminado na época. Deveriam ir às telonas no mês de outubro e novembro, mas só vieram a estrear no início de 2002. É a partir desse fato os Estados Unidos demonstram que não há por que produzir filmes que relembrem o dia em que o terror conseguiu penetrar no seu coração.

Pós 11 de setembro de 2001

Filmes como As Torres Gêmeas (2005) e Voo United 93 (2006) mostram o que houve naquele dia. O primeiro, um drama que conta a história de dois sobreviventes da tragédia. O segundo, por sua vez, narra o desespero dos passageiros do quarto avião seqüestrado, o único a não conseguir acertar o alvo pretendido, mas que cai próximo a Pensilvânia sem nenhum sobrevivente. São dois longas que dão início à nova era dos filmes sobre terrorismo nos Estados Unidos.

Depois desses filmes que narram a triste história do 11 de setembro, Hollywood não produziu mais nenhum longa que aborde êxito em ataques terroristas praticados por fundamentalistas islâmicos.

Em 2008, o vencedor do Oscar Guerra ao Terror aborda a mesma temática, mas essa já outra história. Longe de solo americano, o filme se passa no Iraque e lá eles são tratados como ameaça.
As inscrições para o Workshop “Gerenciamento de Redes Sociais nas Organizações”, estão abertas. Promovido pela Eclat Comunicação, a formação acontece no próximo dia 15 de outubro, das 9h às 18h, na 702/703 Norte, Bloco G, entrada 49, sobrelojas 101/102 - ABDF - Brasília (DF).

O conteúdo programático é dividido em três módulos: Introdução no módulo I (O que são Redes Sociais, breve histórico; qual a importância do gerenciamento das Redes Sociais nas organizações); Gerenciamento e Planejamento nas Redes Sociais no Módulo II (Gerenciamento de Equipes/Projetos com Ferramentas 2.0, quais Redes Sociais utilizar?, Twitter, Youtube, Blog, Orkut x Facebook; toda a equipe faz parte da proposta, fluxo de informação e trabalho, entre outros). Avaliação e reflexo sobre as redes sociais no módulo III (Números não são tudo, cases interessantes, qual a sua estratégia?).

O orientador do Workshop é o professor Aurélio Araújo, formado em história pela Universidade de Brasília (UnB), instrutor de desenvolvimento pela Institute for International Cooperation and Development (IICD), uma organização não-governamental norte-americana de Massachusetts.

A formação é direcionada para profissionais da área de ciência da informação, como publicitários, arquivistas, bibliotecários, jornalistas, assessores de imprensa, recém-formados e demais interessados, desde que tenham algum conhecimento em Redes Sociais digitais. O workshop tem o objetivo de orientar profissionais quanto ao planejamento, o uso, a avaliação e o acompanhamento das Redes Sociais em órgãos públicos e privados.

Investimento

Os interessados devem fazer sua pré-inscrição o mais rápido possível, para usufruir do menor valor no investimento. Veja abaixo:

Pré-inscrições feitas até 11/09/2011 = R$ 250,00 à vista
Pré-inscrições feitas entre 12 e 25/09/2011 = R$ 350,00 à vista
Pré-inscrições feitas entre 26/09 e 14/10/2011 = R$ 450,00 à vista

Pede-se só efetuar o pagamento após receber e-mail confirmando a realização do curso no período indicado.

Mais informações pelos telefones (61) 3039-6968, 8509-4348, 8412-0722, pelo e-mail treinamento@eclatcomunicacao.com.br ou no site


A reportagem de capa da Revista Veja da semana passada trouxe uma discussão polêmica que jamais foi resolvida e que ainda vai demorar um bocado para ter um fim: os limites do jornalismo. A matéria, cuja chamada de capa foi “O poderoso chefão”, denuncia que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, mantém um gabinete num hotel de Brasília. A capa de Veja consistiu em desvendar o que faz um “ex-chefe de quadrilha do mensalão” continuar a ter tanto poder sobre figuras importantes do cenário político nacional e, ainda por cima, conspirar contra o Governo da presidente da República, Dilma Rousseff.

Produzida pelo jornalista Gustavo Ribeiro, a reportagem tem uma série de questões que precisam ser discutidas pelos grandes veículos de comunicação, pelas faculdades de jornalismo, e nos corredores das redações.

Já se descobriu que o jornalista usou de maneiras ilícitas, praticou crimes de invasão de domicílio e estelionato para conseguir o material de sua reportagem. Usou câmera espiã para observar os passos de Dirceu dentro do Hotel e de figuras importantes da política nacional, ferramenta que deve ser usada no jornalismo apenas em última instância. Foram expostas no miolo da revista um total de dez imagens que trouxeram políticos de renome como o senador Eduardo Braga (PMDB); o deputado Devanir Ribeiro (PT); o presidente da Petrobrás, José Sergio Gabrielli; o deputado Cândido Vaccarezza (PT), entre outros. Porém, nada se descobriu sobre as visitas.

O jornalista tentou também invadir o quarto de Dirceu, sem êxito. Diante desses fatos vêm as questões? Mesmo sendo uma figura nacional, expulsa da vida pública, se justifica invadir a vida dele para se chegar à matéria-prima de uma reportagem, mesmo que ela denuncie a forte influência que Dirceu tem sobre o primeiro escalão do Governo? Isso é uma justificativa para responder que a reportagem tem validade e é de interesse da opinião pública? O seu gabinete mantido num hotel de Brasília também merece ser divulgado pela imprensa, uma vez que dali pode sair decisões importantes, influenciadas por uma pessoa que age ilegalmente sobre a vida da nação? Eu diria que acompanhar os passos dele, revelar que é mantido um gabinete fora do espaço apropriado e que ele recebe políticos importantes, são fatos de interesse para a nação, pois Dirceu foi expulso da vida pública e em tal situação não é normal que seu quarto num hotel no centro de Brasília seja tão concorrido. No mínimo é muito, mas muito estranho. E o que é estranho à sociedade vira pauta de reportagem; porém, chegar ao ponto de tentar invadir o quarto para conseguir justificar a reportagem, foge de quaisquer parâmetros jornalísticos. Pesam sobre o jornalista e seu veículo o teste à sua credibilidade para chegar às informações.

É possível identificar alguns prós pela produção e investigação da matéria, mas pesam também os contras julgados pela ética. Com base na reportagem de Veja, não foi legal invadir a privacidade de Dirceu porque não se descobriu nem se justificou na reportagem o que de fato ele faz no hotel com políticos do primeiro escalão, mesmo que haja fortes indícios de ilegalidade nisso, mas fato deve ser comprovado. Talvez não fosse ainda hora de publicar a reportagem. O ex-ministro foi uma figura pública, certo, uma boa justificativa para a opinião pública se interessar pelo conteúdo, porém, o simples fato de ele apenas receber políticos, por mais estranho que seja, volta a ser uma barreira para o êxito da matéria. Outro peso: o jornalista teve acesso à rotina e vida de vários hóspedes de hotel, novamente o crime de invasão de domicílio.

A vida de José Dirceu no entorno da política legal, merece a atenção da opinião pública, desde que exista uma base sólida nos fatos para justificar a reportagem. Mas Ribeiro, como jornalista, deveria ter pensado se sua consciência o aprovaria a produzir uma reportagem que ultrapassa a investigação e utiliza de meios ilegais para ser concluída. Até que ponto a ética impede que meu direito, liberdade de expressão, se sobreponha ao outro?

São questões que merecem respostas, mas não cabe a eu respondê-las. Cada um deve trabalhar sua consciência e julgar, com base na lei, na sociedade, na ética e moral, a que valores o jornalismo serve e que sociedade ele deve prestar serviço. Como foi refletido acima, a reportagem está imbuída de contras, mas também de prós que devem ser estudados, avaliados e discutidos, de modo especial na academia, onde são formados os futuros jornalistas.