Uma leitura crítica da reportagem sobre Steve Jobs na VEJA

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quarta-feira, 19 de outubro de 2011
A ilustração de capa da Revista VEJA da última semana simplesmente beirou a perfeição e foi a melhor entre todas as revistas que trouxeram o CEO da Apple, Steve Jobs, na edição de adeus ao gênio do nosso tempo. O trabalho tem tudo a ver com o que mais pregava Jobs: “A sofisticação está na simplicidade”. De fato, ele tinha razão ao buscar na simplicidade a funcionalidade e a beleza, pois não há nada mais bem sucedido do que entender algo e ao mesmo tempo achá-lo belo.

A VEJA de 13 de outubro, edição especial, buscou isso e conseguiu. Não só através da capa, mas na reportagem que traz um breve histórico da vida de Jobs e do desenvolvimento da sua empresa. Por meio de frases ditas e escritas pelo gênio, além de um capítulo inteiro da sua biografia autorizada, escrita por Walter Isaacson e intitulada simplesmente "Steve Jobs", a publicação quase que chega à excelência.

Trata-se do tipo de reportagem que envolve os leitores. Primeiro porque aborda um tema atual, que mexe com a vida das pessoas; segundo pela quebra de paradigmas através da narração de uma mudança de época encabeçada pelas novas tecnologias da informação. Terceiro porque os detalhes engrandecem o jornalismo apresentado.

Como não podia deixar de ser, não se mediu esforços para se apresentar várias visões. Para voltar mais uma vez ao assunto, a capa é primorosa e, ao mesmo tempo em que apresenta o cofundador da Apple usando uma de suas criações, o iPad, detalha também a logomarca da empresa em forma de nuvem, o mais novo invento de Jobs, apresentado mundialmente em junho deste ano.

É indispensável também mencionar que dentro dos vários aspectos apresentados sobre a Apple, Steve Jobs, sua carreira, ascensão da empresa, concorrentes como Bill Gates e sua Microsoft, não foi omitido que nem todas as criações da Apple tiveram a genialidade de Jobs à frente. É um erro que muitas publicações cometeram ao dedicar todo o trabalho da empresa a ele. É um detalhe que, se verdadeiro, poderia colocar a Apple em maus lençóis, pois a empresa agora estaria fragilizada com sua morte. Mas, na verdade, como foi claramente destacado pela reportagem, por traz deste grande homem há uma grande rede de excelentes profissionais que, ao seu comando também buscavam a perfeição nos seus produtos. E tudo indica que irá continuar.




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