Os desafios das assessorias de comunicação no terceiro setor e diante das novas tecnologias

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quarta-feira, 15 de julho de 2015

Qual a importância das assessorias de comunicação no vasto mundo das organizações sociais? E nos dias de hoje em que todos são produtores de conteúdo, graças às novas tecnologias? Pontos importantes a serem refletidos. O papel fundamental das organizações do terceiro setor (sindicatos, movimentos sociais, associações, pastorais) é dialogar com a sociedade e a linha tênue que separa e/ou une esses dois campos está na comunicação mediada pelos mass media. A partir do apresentado é fácil constatar que as assessorias de comunicação têm muito trabalho a desenvolver.

O Movimento Sem Terra (MST) e a Comissão Pastoral da Terra (CPT), por exemplo, entenderam ainda na década de 1980 que esse diálogo com a sociedade a partir da presença na mídia, por meio de artigos, releases, coletivas de imprensa, e tantos outros produtos das assessorias de comunicação, poderiam fazer a diferença, e fez.

O MST, hoje, é uma organização conhecida mundialmente. O mesmo pode-se dizer da CPT que anualmente tem seus relatórios sobre pequenas propriedades rurais e grandes latifúndios divulgados em toda a imprensa – graças a um trabalho planejado para os públicos que se deseja atingir.

Por tudo isso é que se pode afirmar que os assessores de comunicação e consequentemente o seu trabalho são cruciais para potencializar os objetivos pretendidos no seio da sociedade. Se o papel das organizações sociais é entendido a partir do serviço das assessorias, tem-se aí um passo dado para a instituição apresentar-se de maneira eficiente à opinião pública.

Com relação às novas tecnologias, os processos de comunicação têm se renovado e se reinventado, de modo que todas as pessoas munidas de dispositivos móveis participam desse fazer. Esse ambiente mediado a partir de tablets, notebooks, smartphones, interligados pela internet, estreitam dia a dia as relações e se configuram como desafiantes aos profissionais da comunicação.

As assessorias de comunicação, nesse ambiente novo, têm papel importante e indispensável porque já não há emissões e receptores apenas, em espaços definidos como há poucos anos. Hoje, todos são produtores de conteúdo e as assessorias de comunicação, caso não planejem os fluxos de comunicação para os diversos públicos, internos e externos das empresas, estão fadados a não servirem para o papel a que são designadas: evidenciar as instituições e empresas em que atuam. Evidenciar lê-se também participar das estratégias administrativas da organização de maneia que a mensagem atinja os objetivos propostos. Nesse sentido, as novas tecnologias são aliadas.

Por outro lado, se o agir estratégico não for planejado, as assessorias de comunicação correm o sério risco de serem engolidas pelos diversos atores sociais em posse do poder de comunicar via redes sociais. Mais do que nunca, as assessorias de comunicação são pressionadas a mostrar a que vieram, para que sejam avaliadas como setores indispensáveis às instituições e empresas. Caso contrário, serão apenas meros espaços que apenas colaboram para inchar o financeiro. Em época de crise em todo o mudo, novas tecnologias e assessorias de comunicação podem ser decisivos para que os assessorados sejam vistos e reconhecidos pela opinião pública. Como? Transformando as novas tecnologias em ferramentas que dialogam com os diversos públicos. Estar fora desse ambiente é abrir mão de produtos comunicacionais que podem fazer a diferença para a sobrevivência das instituições, conforme alerta Jorge Duarte (2010).

Texto escrito para a prova de seleção da Pós-Graduação em Assessoria de Comunicação Empresarial e Institucional da Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Pontuação alcançada: 8,5. Prova valia 9,5.



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