“Um povo tem futuro quando caminha com a força dos jovens e dos idosos”. A frase do papa Francisco envia uma mensagem a todos os cristãos: não há futuro para os jovens sem os idosos. As palavras foram proferidas pelo pontífice na viagem de Roma ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude realizada no Rio de Janeiro, no ano passado.

O envelhecimento da população brasileira ganhou força nos últimos dez anos. É o que revela a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad) de 2012, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O grupo de idosos, aqueles que têm mais de 60 anos de idade, já soma 23,5 milhões de brasileiros, mais que o dobro de 1991 quando a faixa-etária contabilizava 10,7 milhões de pessoas.

O novo quadro levanta um debate: em termos de assistência social, respeito, serviços públicos, o Brasil está preparado para acolher de forma digna o crescente grupo da chamada terceira idade? E a Igreja, dá a devida atenção aos idosos? A reportagem do Encontro Semanal foi a campo saber dos próprios idosos como eles se veem na sociedade.

Jaime e Waldivina Lôbo

Jaime de Oliveira Lôbo, de 82 anos, é barbeiro e toma conta de um salão em frente à sua casa, no Jardim América. Diz conviver todos os dias com uma família unida de cinco filhos e oito netos, mas lembra que o seu caso é uma exceção. “Vemos muitos idosos sendo maltratados pela própria família, lhe roubam o pouco salário da aposentadoria que mal dá para os remédios, o que é lamentável”, disse. Ele também fala com tristeza sobre os idosos que são abandonados em abrigos. “Sempre vemos idosos que passam a vida cuidando dos filhos para no fim serem abandonados em abrigos, sozinhos, deve ser muito ruim”.

A esposa, Waldivina Maria Lôbo, de 76 anos, é dona de casa. Para ela, é a própria sociedade e o Poder Público que precisam repensar os direitos dos idosos. “Os hospitais são lotados, os idosos estão nas filas e o desrespeito está por toda parte, muito ainda precisa ser feito para que os idosos vivam bem”, lamenta. Participante da Paróquia São Sebastião, no Setor Jardim América, Waldivina também observa que na Igreja, mais poderia ser feito pelos idosos. “Somos bem acolhidos, mas não há uma pastoral específica para os idosos e aqui no bairro nós somos a maioria”.

Pastoral da Pessoa Idosa

A base de trabalho da pastoral é visitar domicílios, orientar e acompanhar as pessoas idosas com o objetivo de resguardar o direito dessa parcela da sociedade. Na Arquidiocese de Goiânia, a Pastoral da Pessoa Idosa está em fase de organização, para alcançar mais paróquias. Atualmente, as paróquias Divino Espírito Santo, em Goiânia; Santa Bárbara, de Santa Bárbara (GO) e Divino Pai Eterno, de Trindade (GO), desenvolvem trabalhos. “Já tivemos a pastoral implantada em mais de 20 paróquias, mas estamos nos organizando novamente para conseguir um alcance mais efetivo”, disse o coordenador Elésio Divino da Fonseca. Para isso, a pastoral irá realizar uma Assembleia Arquidiocesana no dia 6 de dezembro, das 9h às 17h, no Centro Pastoral Dom Fernando (CPDF).

O Estatuto do Idoso, no artigo 3º, pontua os deveres da sociedade para com os idosos. “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”.

Dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, sobre o envelhecimento no Brasil, registram que 68,7% dos casos de violência contra idosos acontecem por negligência; 59,3% de forma psicológica e 40,1% por abuso financeiro, econômico e patrimonial. A violência física figura com 34%.

Abrigo de Idosos


Há 37 anos, o Abrigo de Idosos São Vicente de Paulo, do Setor Americano do Brasil, na capital, acolhe idosos que chegam ao local principalmente deixados por familiares ou pelos órgãos de assistência social do Estado e do Município. Com capacidade para abrigar 75 idosos, hoje o lar acolhe 66. Segundo a diretora administrativa da casa, a voluntária Emiuza de Menezes, a maioria vem de famílias sem condições de mantê-los com os cuidados adequados. “Muitas pessoas tem a impressão de que os idosos que aqui estão foram abandonados, mas poucos sabem que cuidar de um idoso tem um custo elevado que nem todas as famílias estão preparadas”, explica.

Adelaide Aparecida Clemente de Jesus, de 54 anos, foi deixada no a abrigo por uma amiga que nunca mais voltou ao local. Ela não tem contato com nenhum parente. Entrevistada, Adelaide disse que mora na casa há 15 anos, mas afirma que já está cansada e quer deixar o lugar. “Faz muito tempo que estou aqui, já gostei muito daqui, mas cansei e quero ir embora, morar sozinha”, declarou. Questionada se conseguirá viver sozinha, a mulher respondeu de maneira firme. “É difícil, não sei como será, mas vou tentar”.

Segundo a diretora Emiuza de Menezes, o abrigo gasta, R$ 1,5 mil por idoso e R$ 120 mil por mês, dinheiro que é arrecadado pela instituição mantenedora São Vicente de Paulo (SSVP) graças à doação das pessoas.

Região Centro-Oeste

Os idosos representam 10% da população. As mulheres são 51,2% e os homens são 48,8%. No quesito educação ainda temos a terceira maior taxa analfabetismo do país, 5,8%. 56% das pessoas com mais de 60 anos desenvolvem algum tipo de ocupação. Os idosos naturais da Região Centro-Oeste são 59,9%. Nessa faixa-etária, 13,8% moram sozinhos; os idosos que moram com mais três pessoas representa a maior porcentagem da região, 25,1%.

Fotos: Caio Cézar




Em 2030, os portadores de câncer no mundo deverão passar dos 20 milhões. Os dados são assustadores, mas podem ser revertidos com cuidados com a saúde: alimentação saudável, higiene e visitas rotineiras ao médico. Quando diagnosticada a doença, a fé, o apoio da família e dos amigos são essenciais para a cura do paciente.

Segundo o Instituto Francês de Pesquisa do Câncer, em 2012 foram registrados 14 milhões de casos de câncer no mundo, sendo que 8,2 milhões de pessoas tiveram mortes relacionadas à doença. Em 2030, os novos casos deverão passar de 20 milhões. Os dados são “alarmantes e preocupantes”, segundo a médica mastologista Dra. Deidimar Cássia Batista Abreu, que trabalha no Centro Brasileiro de Radioterapia, Oncologia e Mastologia (Cebrom), em Goiânia.

Ouvida pelo Encontro Semanal, a médica explica que as formas de prevenção e tratamento ao câncer, estão muito ligadas às regiões onde a doença é diagnosticada. Em países desenvolvidos, de acordo com ela, as pessoas podem desenvolver a doença por meio de poluentes, sedentarismo, dieta rica em gorduras e alimentos processados do tipo fast food. “Quando falamos em países desenvolvidos, vamos ter uma alta incidência da doença nos pulmões, próstata, mama e reto; nesses casos, a comida de má qualidade está muito relacionada”, explica.

Nos países subdesenvolvidos, por sua vez, os casos mais diagnosticados de câncer estão relacionados à falta de infraestrutura e aparato de prevenção existente em países em desenvolvimento. “Com a falta de saneamento e de medidas preventivas, vamos ter uma incidência maior de cânceres, como por exemplo, o de colo de útero, justamente por que não há uma prioridade em prevenir com a orientação, vacinação e outros”. O Brasil adotou a campanha de vacinação contra o HPV (Papiloma Vírus Humano), vírus responsável pelos casos de câncer de colo de útero neste ano. Na primeira campanha, foram contempladas meninas entre 11 e 13 anos. No próximo ano, a idade irá abranger as idades 9 a 11 anos.

Por ser um país em desenvolvimento, a Dra. Deidimar salienta que o Brasil é acometido por tipos frequentes tanto em países desenvolvidos e subdesenvolvidos, variando de região para região. Além dos casos citados, ela ressalta a alta incidência de câncer de pele, por ser o Brasil “um país tropical em que as pessoas estão expostas ao sol a maior parte do ano”.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) de 2012, apontam que esse tipo de câncer é mais comum em pessoas adultas com picos por volta dos 40 anos de idade. Em 2012, houve 62.680 novos casos de câncer de pele em homens e 71.490 em mulheres. Na região Centro-Oeste, para cada 100 mil pessoas, 124 homens e 109 mulheres tiveram a doença. “Para esse tipo, a prevenção pode ser feita com o uso de protetor solar e evitando a exposição ao sol nos horários das 10h às 16h”, adverte a médica.

O cancerologista José Carlos de Oliveira, da Associação de Combate ao Câncer em Goiás (ACCG) explica que para tratar antecipadamente o câncer, é preciso estar atento aos sintomas. “Uma pessoa com idade mais avançada, apresenta rouquidão; um fumante apresenta um tumor na laringe; um paciente pode ainda apresentar lesão na boca, nódulos nos seios, ferida que não cicatriza, dificuldades e dor na alimentação, sangramento nas fezes; tudo isso é preciso ser observado, e encaminhado ao médico, pois esses sintomas podem estar relacionados a algum tipo de câncer”.

A fé no tratamento do câncer

O comerciário José Gabriel Ferreira Canedo, de 51 anos, foi diagnosticado com câncer de esôfago, em julho deste ano. A forma como a família dele descobriu a doença, “por acaso”, através de consulta rotineira, foi, segundo ele, “uma indicação de Deus no tratamento precoce da doença”. Gabriel disse que o diagnóstico dos médicos confirmou que ele tem 99% de chances de cura. “Mesmo que não tivesse essa probabilidade, eu já estava preparado na fé; minha condição espiritual me deixa muito tranquilo quanto ao enfrentamento da doença”, disse ao Encontro Semanal.

A família de Gabriel também foi indispensável para que ele enfrentasse a doença. A esposa Gislana Machado Canedo, de 46 anos, no primeiro momento ficou com medo, já que o esposo não é o primeiro caso na família. A filha, Tainara Nascimento Canedo, de 24 anos, vê na Igreja um pilar fundamental no enfrentamento do câncer. “Deus colocou essa doença na nossa família para gente dar testemunho dela; é um motivo a mais para agradecermos pela vida e pela nossa união; vemos as pessoas em corrente de oração por nós”, frisa. Em apoio ao pai, a jovem raspou a cabeça no dia em que Gabriel foi diagnosticado com a doença, fato que foi motivo de alegria para a família e amigos.

Desde 1998, a Pastoral da Saúde atua na Santa Casa de Misericórdia de Goiânia, realizando momentos de oração, missas e celebrações da Palavra com os pacientes. A coordenadora dos trabalhos, Maria de Lourdes, diz que o papel da pastoral é oferecer um ombro amigo aos pacientes. “Nós ouvidos tudo o que eles têm a nos dizer, sempre rezando com eles e meditando a Palavra de Deus”.

Além da fé, do apoio da família e dos amigos, também é de fundamental importância, o trabalho de psicólogos junto às famílias e ao portador de câncer, segundo o coordenador de psicologia da Santa Casa, Roberto Ribeiro de Moura. “O paciente de câncer não perde só a saúde, mas papéis na sociedade, o direito de estar com o outro, de estar inserido na sociedade e até de não entrar em contato pela imunidade baixa e perda de cabelo. Nós trabalhamos com a família e os pacientes as maneiras de como lidar com o diagnóstico”, diz Roberto.

Pastoral da Sobriedade

Juliana Lemos (médica) e Douglas com leucemia
Por ser o álcool e o tabagismo vícios que aumentam os riscos de as pessoas terem câncer,
principalmente de esôfago, boca, mama e laringe, a Pastoral da Sobriedade, na Arquidiocese de Goiânia, trabalha no sentido de prevenir e recuperar a pessoa humana da dependência química, à luz dos ensinamentos de Cristo. Um dos pilares da Pastoral é a prevenção que, segundo o assessor eclesiástico da Pastoral da Sobriedade, padre José Paulo dos Santos, “é a forma mais eficaz de proteger contra o uso de drogas”.  Mais informações pelo telefone (62) 9613-4102 ou pelo e-mail jospaoollo@hotmail.com

São Pelegrino, protetor dos portadores de câncer

O protetor dos portadores de câncer é o santo italiano, São Pelegrino Laziose (1265 – 1345), que ficou assim conhecido por ter sido acometido pela doença por volta dos 60 anos de idade, consequência de um estilo de vida sacrificado. Uma chaga maligna se apossou de sua perna direita e, sem nenhuma chance de cura, o médico se viu obrigado a amputar o membro para salvar a vida de São Pelegrino. Ao se prostrar aos pés da cruz e clamar pela cura daquela doença maligna, Pelegrino foi envolvido num êxtase tão profundo que viu Jesus descer da cruz pintada na parede e tocar sua  perna doente. Ao acordar, mandou chamar o médico, que constatou que havia ocorrido um verdadeiro milagre, pois a perna estava totalmente curada e não precisava ser amputada. O santo morreu aos 80 anos de idade, vítima de uma febre desconhecida.


Tradição cristã milenar, o Dia de Finados é o momento de celebrar a esperança na vida eterna, sobretudo, a vitória do amor de Deus. Conforme explica o Catecismo da Igreja Católica, para além do entendimento humano, a morte ultrapassa a nossa imaginação e só se torna acessível aos que creem. Por isso, o Dia de Finados é dedicado à esperança, à fé e à caridade.

Neste fim de semana, a Igreja comemora o Dia dos Fiéis Defuntos, mais conhecido como Dia de Finados. A data, antiquíssima, remonta ao século VII, quando cristãos começaram a visitar túmulos de mártires e a rezar pelos mortos em Sevilha, na Espanha, e na Alemanha, no século IX. Já a comemoração oficial dos falecidos é devida ao abade de Cluny, Santo Odilon, em 998. Em Roma, a data só viria a ser celebrada por volta de 1311, quando foi sancionada oficialmente a memória dos falecidos.

São João Crisóstomo (349-407), bispo e doutor da Igreja, já no século IV, recomendava orar pelos falecidos. “Levemos-lhe socorro e celebremos a sua memória... Por que duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles”. A tradição da Igreja também tem registrado o ensinamento sobre a oração pelos mortos com Tertuliano (220) e São Cipriano (258), bispos de Cartago, um dos principais centros do cristianismo no século III.

No século XIII, o Dia de Finados passou a ser comemorado em 2 de novembro, logo depois da Festa de Todos os Santos. A Igreja encontra respaldo para rezar pelos falecidos no livro de II Macabeus 12, 43-46. “Eis por que ele mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado”, diz um trecho da citação.

“Creio na Ressurreição da carne”

O Catecismo da Igreja Católica, por sua vez, ensina que os cristãos devem acreditar que assim como Cristo, depois da morte, aqueles que morreram na amizade do Pai também viverão para sempre com Jesus ressuscitado. Assim, toda a base da fé cristã está nesse ensinamento. “Ele, que ressuscitou Cristo Jesus de entre os mortos, também dará vida aos vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que habita em vós” (Rm 8, 11). “É por crer nessa verdade que somos cristãos”, reitera o Catecismo. O mesmo livro também explica que a morte é o fim da peregrinação terrena, condição necessária para ressuscitar. O livro de II Timóteo 2, 11, faz a seguinte promessa: “É digna de fé esta palavra: se tiverdes morrido com Cristo, também com Ele viveremos”. Essa é a visão cristã da morte contemplada na liturgia da Igreja no momento da lembrança dos mortos, na santa missa e no Ofício Divino.

No entendimento do reitor do Seminário Maior São João Maria Vianney, padre Júlio César Gomes Moreira, a dor é inevitável quando uma pessoa perde um ente querido, mas ele ressalta que existem formas na fé de superar a tristeza. “É normal senti-la em toda sua crueza, permitindo-se derramar as lágrimas da triste saudade, mas não parar nela, isto é, não se deixar paralisar, permitindo-se continuar assumindo responsavelmente a própria vida, como dom que nos foi dado, lembrando também o que a fé nos revela: ‘com a morte a vida não nos é tirada, mas transformada’”, explica.

Marina Ferreira, de 50 anos, todos os anos visita o cemitério Parque, no setor Urias Magalhães na capital. Além de uma tradição religiosa, o Dia de Finados é para ela uma data importante de assistência espiritual aos falecidos e às famílias. “As pessoas sofrem com a perda de seus entes queridos e nesse dia podemos confortá-las, amenizar o seu sofrimento, com o evangelho de Jesus”.

Orientação cristã

Segundo o bispo auxiliar de Goiânia, Dom Waldemar Passini Dalbello, o Dia de Finados deve ser orientado pela fé, pela caridade e pela esperança cujo sentido é o próprio Cristo. “Esperamos que o perdão dos pecados por Ele merecido seja aplicado aos que o acolheram pela graça da fé e já foram chamados à presença de Deus. Outra característica da espiritualidade desse dia é a caridade. A oração fervorosa pelas almas do purgatório é um ato de grande amor, de grande caridade”.

Outro ponto que deve ser observado, segundo o bispo auxiliar, é a preparação que todo cristão deve nutrir para a realidade da morte. Ele explica que a preparação passa pelo “desapego progressivo de tudo aquilo que é diferente do amor” e que isso é conseguido através de renúncias diárias que libertam do egoísmo, da vaidade e do orgulho. “O amor ao próximo é princípio de céu na história”, ressalta.

Dom Waldemar também deixa uma mensagem de conforto às pessoas que veem a morte de forma incômoda. “Os parentes e amigos que já partiram desta vida e estão em Deus são felizes, de modo superior a qualquer felicidade terrena. Pode-se, portanto, com algum esforço, alegrar-se pela alegria que eles experimentam”.

Missão Esperança


Ao longo do Dia de Finados, missionários da Pastoral da Esperança estarão a postos nos cemitérios da capital e da região metropolitana organizando assistência religiosa. O trabalho é desenvolvido anualmente pela Arquidiocese de Goiânia. “Com essa ação, a Igreja se faz presente nos cemitérios organizando celebrações, acolhimento e momentos de oração”, explica o coordenador da Pastoral, padre Elenivaldo Manoel dos Santos.