Alternância de poder: uma arma necessária à democracia

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

 Mesmo tendo consciência que não verei um milagre acontecer do dia para a noite, que o novo prefeito, Júnior de Sousa Otsuka, não poderá fazer tudo o que anseia o povo grajauense nos próximos quatro anos, eu comemorei a vitória do último dia 7 de outubro, para a Prefeitura Municipal de Grajaú. Uma data histórica que ficará guardada para sempre na memória do nosso município. Não ostento a pessoa que foi eleita, pois não a conheço, embora já o tenha entrevistado quando eu iniciava o curso de jornalismo, em 2006. Venho destacar aqui a necessidade maior do sistema democrático: a alternância de poder.

Passados 30 anos, esta é a segunda vez que o veterano político Mercial Lima de Arruda perde uma eleição municipal em Grajaú. A primeira foi em 2001, quando, após o mandato de João Pedro Ferreira Neto (1997-2000), não conseguiu eleger sua irmã, Raimunda Arruda, que perdeu para Maria Bernardeth Nogueira, filha do seu ex-rival político Milton Gomes.

Mudar o quadro político depois de tantos anos é um fato de extrema importância para Grajaú, porque à população serão apresentadas novas ideias, novos compromissos do governante e sua equipe de secretários, e Grajaú será impulsionada pela segunda arma mais forte do nosso povo, que é cobrar o que é do seu direito: um município bem cuidado, salários pagos em dia, inovação no setor industrial, cultural, tecnológico, social. Não que a cobrança não estivesse nas mãos da população durante os dois mandatos do prefeito Mercial, mas, quando há alternância de poder, a autoestima retorna junto com a esperança; novas fórmulas são disponibilizadas para o povo se aproximar do prefeito e com isso se abre uma nova discussão pelo bem da sociedade.

Quando os 18.972 eleitores grajauense disseram sim à mudança, eles se posicionaram contra o comodismo, a mesmice, almejando que as promessas de palanque e os compromissos de governo sejam cumpridos. Merece ênfase o compromisso do povo grajauense em levantar a bandeira da renovação. Muitos podem até não concordar que quatro anos não é o bastante para desenvolver um governo, mas é disso que o nosso país precisa urgentemente. Se aplicado este conceito pelo próprio povo, a corrupção deste país é desmantelada e dá lugar às necessidades do município.  Esse fato é verídico e comprovado, uma vez que nossos candidatos não teriam mais como fazer compromissos de longo prazo com empresários em troca do financiamento de suas campanhas.

Basta de governos que se estabelecem no plano político. Precisamos renovar a cada quatro anos. Concordar que se em um mandato não foi feito, em oito também não o será, tendo em vista que o prefeito se preocupará no segundo momento em pensar no seu sucessor e na nova campanha que terá que desenvolver para elegê-lo. O segundo tempo serve para manipular a consciência frágil do nosso povo menos alfabetizado com o objetivo de tentar perdurar no poder até que chegue sua vez de sentar novamente na cadeira mais importante do Paço Municipal.

É importante ficar claro que a partir de agora tem início um novo começo em Grajaú. Precisamos perceber desde já o que será a prioridade do novo governo: educação, saúde, segurança, lazer? Ao longo do mandato é inevitável comparar com o governo anterior e avaliar para podermos fazer projeções de um futuro que tem prazo definido: 2016. Retroceder, jamais. Temos que caminhar fixos no horizonte e pensando numa Grajaú cada vez melhor para nossos filhos e netos.

Câmara Municipal

No plano legislativo a população grajauense também disse não àqueles que já foram vereadores um dia: Zezinho do Dimas, Neto Carvalho, Malagueta, Isac Braz. Outros que já foram um dia, porém, retornaram. Alguns até por meios ilícitos, mas o importante aqui é saber que a consciência do povo mudou radicalmente nos últimos quatro anos. A juventude, de modo especial, teve contribuição fundamental. E a comemoração maior é essa: saber que o bem mais valioso de Grajaú evoluiu e mostrou nas urnas que precisa e exige qualidade de vida, sob pena de optar pela mudança, novamente, daqui a quatro rápidos anos.




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