Na sexta-feira, 18, eu fui ao cinema conferir a pré-estreia de Avatar. O grandioso filme do diretor James Cameron, que o fez passar 14 anos fora de Hollywood, para conseguir lançar nas telas o seu grande sonho futurista e surreal. É um trabalho tão grandio

so quanto a cifra gasta para produzi-lo.
Antes do filme, a sensação era das melhores, afinal de contas, é um dos filmes mais divulgados em 2009. O barulho foi imenso. Ônibus coletivos nas ruas de Brasília exibiam cartazes e Outbus do filme desde o mês de novembro. Nos sites especializados em cinema, como também nos canais abertos e fechados de TV, não se falava em outra coisa, senão Avatar.

Também não era para menos. Avatar é o filme mais caro da história. Foram gastos, segundo Cameron, 500 milhões de dólares para sua produção. Estima-se que ele chegue aos 1,2 bilhão de dólares em arrecadação. Bem, nos EUA a estreia do filme não foi das melhores do ano. Ele até agora está na sexta colocação, entre os filmes mais bem assis
tidos em estreias de 2009. Não é o que Cameron esperava. No mundo, até o momento, o filme já arrecadou 160 milhões de dólares, em apenas três dias, o que já agradou o diretor.

O Filme

Bem, negócios a parte – vamos ao filme. Avatar tem um roteiro muito bem elaborado e, como eu disse no início desse post, ele é um projeto futurístico e surreal. É interessante parar para pensar e refletir nas ideias de James Cameron. Eu já me questionei várias vezes: onde um cineasta encontra tantas formas e objetos fora do comum para produzir nas telas praticamente um planeta para ser assistido por nós – terráqueos? Quando eu falo em planeta, me refiro à minuciosidade do Planeta Pandora: costumes, tradições, crenças, contato vital com a natureza, vegetação, pele, animais, etc., etc., etc.

Hollywood já produziu dezenas de filmes em que alienígenas invadem o planeta terra em busca de seus minérios, de seu conhecimento, do próprio planeta. Neles, os humanos sempre tiveram em desvantagem – em relação à tecnologia. Até nisso Cameron pensou: Em Avatar, o invasor é o terráqueo – enquanto que a raça Na-Vi, habitantes do planeta Pandora estão em vantagem moral, mas em desvantagem bélica – armados apenas com a coragem, amor pelo seu planeta e união.

Os humanos invadem Pandora em busca de um minério chamado unobtanium. A ganância faz com que uma empresa mineradora vá ao planeta em busca de ideais econômicos. Lá, o humano não consegue respirar. Para conseguir a confiança da população Na-Vi, entram em cena os avatares [corpos Na-Vi projetados para que possam se integrar à cultura local]. Jake Sully [Sam Worthington] é o protagonista do longa. Ele é um ex-fuzileiro naval que tem a missão de conhecer a cultura Na-Vi, como também as riquezas do planeta Pandora, para assim, poder colaborar com o projeto de exploração dos terráqueos. O grande problema é que Jake se apaixona pela bela Neytiri [Zoe Saldana] – uma guerreira Na-Vi. É aí que ele tem de escolher um lado para lutar. Outro problema para o projeto “humano” é que Jake se vê livre em Pandora – já que no Planeta Terra ele é paraplégico – fato que deixa claro o lado que ele escolheu.

É fantástico todo o cenário de Avatar. Na verdade, inédito e curioso. As belezas do Planeta Pandora, sem dúvida, encantam pela magia transmitida ao espectador. É um planeta novo que se mostra aos nossos olhos. Claro que muito de Pandora mostrado tem um pouco de Planeta Terra, mas o que percebi é que Cameron tentou ao máximo manter distância da nossa cultura. O longo filme Avatar [166min.] vai demorar muito para ser esquecido, de modo especial pela beleza apresentada. Mas não é o filme que as expectativas criaram, ou seja, não é o filme excelente. Os perigosíssimos clichês estão presentes. Hora e outra o espectador advinha o que vai ocorrer em cenas que virão. O filme seria mais interessante se isso não acontecesse - já que trata-se de uma história contada sobre duas culturas, de modo especial, a cultura Na-Vi, a qual foi criada pela imaginação de James Cameron.

O 3D em Avatar

Sem a tecnologia 3D – Avatar seria outro filme. É isso mesmo. Como o próprio Cameron disse à imprensa, o seu mais novo longa perderia sem a tecnologia da terceira dimensão – é um fato comprovado, uma vez que Avatar usa muitas imagens em movimento, ação do início ao fim, que sem o 3D se perderiam. O mais interessante é que depois dos primeiros 20 minutos de filme, quem está assistindo, logo esquece que tem um óculos no seu rosto. Ainda incorporando a tecnologia 3D, não posso deixar de mencionar a pioneira forma usada por Cameron, para disponibilizar legendas e proporcionar aos espectadores as falas reais dos personagens.
Avatar pode não ser o filme perfeito, mas chega bem próximo disso. E um detalhe que não posso deixar de comentar aqui: AVATAR CONTINUA...


A saga de X-Men continua. Desta vez, diante de um impasse. Por ter matado o professor Charles Xavier e a telepática Jean Grey, em “X-Men – O Confronto Final”, o cineasta Bryan Singer dá a volta por cima com o bem assistido X-Men Origens: Wolverine. Segundo os críticos e a grande imprensa, a ideia de Bryan é contar a história particular de cada mutante.

De início a proposta foi aprovada pelos cinéfilos, pois Logan – o Wolverine [High Jackman] é um dos personagens que dá vida ao filme dos quadrinhos da Marvel Enterteniment. Lançado há 20 dias, o filme até o momento é o mais assistido das telonas.

O que dizer do roteiro? As ideias estão bem encaixadas no que quer dizer a origem de Wolverine. Tudo bem detalhado e a produção, invejável. O novo filme conta o passado romântico e violento do mutante mais famoso de X-Men. Talvez seja este o mais bem produzido longa-metragem da franquia, visualmente. O mesmo não se pode dizer da construção dos personagens. O que sobra a Dentes de Sabre [Liev Schreiber] falta a Wolverine. Isso mesmo, o mutante irmão de Logan está presente nas partes com as ações mais bem construídas dos 107 minutos de filme.

Wolverine, cujo título do longa faz dele o personagem principal da origem de Os X-Men é transformado, chegando a se apaixonar por Kayla Silverfox [Lynn Collins] sua esposa. O Wolverine insensível dos quadrinhos derrete seu coração pela primeira vez. É bem verdade que nos filmes anteriores da saga ele mostrava seu lado apaixonado por Jean Grey, mas com Kayla é diferente, trata-se de um sentimento humano, colocado em um humano. Ou seja, a paixão acontece antes de Logan se transformar em Wolverine, talvez isso explique a ideia dos produtores na nova performance do protagonista.